Assassinato de Daphne Caruana Galizia faz baixas no governo maltês

Assassinato de Daphne Caruana Galizia faz baixas no governo maltês
Direitos de autor REUTERS/Darrin Zammit Lupi/Arquivo
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De  Nara Madeira com Reuters/AFP
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Ministro do Turismo maltês demite-se e o da Economia anuncia suspensão de funções enquanto decorre a invetigação ao assassinato de uma jornalista.

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Duas baixas no governo maltês, na sequência da investigação ao assassinato da jornalista Daphne Caruana Galizia. O ministro do Turismo, Konrad Mizzi, demitiu-se. O da Economia, Christian Cardona, que foi já ouvido pela polícia, anunciou a suspensão de funções enquanto decorre a investigação. Ambos negam qualquer ligação ao caso.

Já esta terça-feira, o chefe de gabinete do primeiro-ministro tinha abandonado o seu cargo. Keith Schembri foi interrogado pela polícia no âmbito da morte da referida jornalista, e foram feitas buscas à sua casa.

Schembri, amigo íntimo do chefe de governo, e Mizzi estão sob pressão pelas alegadas ligações financeiras ao empresário Yorgen Fenech, que foi detido na semana passada por alegada ligação ao crime. Ambos tinham ameaçado com um processo Daphne Caruana Galizia pelas acusações que esta lhes fez relativas aos "Papéis do Panamá".

Por seu lado, o líder do executivo maltês afirmou que não se demite para "garantir a manutenção da estabilidade" no país e enquanto não for estabelecida uma ligação entre si e o crime. Segunda-feira, Joseph Muscat tinha pedido, e conseguido, um voto de confiança dos deputados do seu partido.

Daphne Caruana Galizia foi assassinada em 2017, morreu na explosão de um carro armadilhado. Esta jornalista de investigação denunciou, repetidamente, a corrupção no seio do governo, ao mais alto nível.

Um homem, suspeito de ser intermediário no assassinato, Melvin Theuma, recebeu um perdão presidencial em troca de provas que podem ser usadas em tribunal, terá entregado gravações áudio.

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