COP25 arranca em Madrid com dúvidas sobre o futuro do planeta

COP25 arranca em Madrid com dúvidas sobre o futuro do planeta
De  Euronews
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O primeiro dia da conferência sobre o clima foi marcado por discurso do secretário-geral da ONU sobre os desafios que impõem aos líderes mundiais.

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Primeiro mudou de país, depois de continente. Mas, chegada a Madrid, a COP25 abriu como esperado: uma mensagem sombria sobre o futuro do planeta e a responsabilidade de cada um.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou que "no final da década que vem, estaremos a seguir por um de dois caminhos. Um caminho de desistência em que já teremos ultrapassado o ponto de não retorno. A outra opção é um caminho de esperança, um caminho de determinação, de soluções sustentáveis, um caminho onde os combustíveis fósseis vão permanecer onde pertencem, no solo".

O discurso do secretário-geral da ONU veio fazer eco das preocupações da Organização Meteorológica Mundial, que, ainda há dias, alertou para um novo recorde do aumento das concentrações de gases de efeito estufa, no último ano.

Uma realidade que parece não quebrar o otimismo do novo presidente do Conselho Europeu. "Fizemos uma série de progressos, nos últimos meses. Se compararmos a um, ou dois anos, estamos num momento em que muitos líderes mostram mais ambição em relação às alterações climáticas. Mas temos de ter em consideração os diferentes pontos de partica de cada país", revelou Charles Michel à Euronews.

Do outro lado do Atlântico, apesar de os Estados Unidos terem abandonado o Acordo de Paris, outros líderes políticos, como a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, continuam a garantir o compromisso do país pa ra com as questões climáticas.

Para alguns delegados, como o ativista ambiental Rémi Parmentier, as atitudes estão já a mudar de forma positiva. "Creio que as pessoas veem que as alterações climáticas estão a acontecer. Veem-no no dia-a-dia. Já não se trata de algo que vai acontecer, aos nossos filhos ou aos nossos netos. Acho que a mobilização está a aumentar, que as pessoas querem ações concretas, Tal como a organização disse este ano, é tempo de ação", disse.

Para os cerca de 20 mil delegados este ano na COP25, a conferência vai determinar o tom do próximo encontro, na Escócia, mas será também uma oportunidade de pressionar os países que se recusam a baixar as emissões de carbono.

Os líderes mundiais têm as próximas duas semanas para, juntos, determinarem a mudança, a partir de Madrid, onde a união entre os países poderá ser considerada a primeira medida de sucesso desta conferência no combate às alterações climáticas

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