O primeiro-ministro disse que já informou o presidente que vai deixar a liderança do Partido Trabalhista no dia 12 de janeiro e que, "nos dias seguintes", vai demitir-se
No meio das manifestações e dos protestos, o primeiro ministro de Malta anunciou que vai deixar o cargo em janeiro.
Este domingo, milhares de pessoas saíram à rua e pediram, mais uma vez, a demissão de Joseph Muscat. Em causa está o atentado à bomba que matou Daphne Caruana Galizia.
A família da jornalista, a oposição e vários movimentos civis acusam o primeiro-ministro de interferir na investigação para proteger o seu chefe de gabinete.
Numa mensagem transmitida pela televisão, Muscat disse que já informou o presidente que vai deixar a liderança do Partido Trabalhista no dia 12 de janeiro, e que "nos dias seguintes" vai demitir-se.
A situação do primeiro-ministro complicou-se este fim-de-semana, depois do empresário Yorgen Fenech, que supostamente tem ligações a funcionários do governo, ter sido acusado de cumplicidade no assassinato de Caruana Galizia.
Para a família da jornalista, enquanto o primeiro-ministro estiver no governo, a investigação não será completa.
Caruana Galizia morreu em Outubro de 2017. Escrevia principalmente sobre a corrupção da elite política e empresarial do país.