"É tempo de mostrarmos solidariedade e cooperação na área da migração"

O grego Margaritis Schinas e a sueca Ylva Johansson vão trabalhar juntos na Comissão
O grego Margaritis Schinas e a sueca Ylva Johansson vão trabalhar juntos na Comissão Direitos de autor ASSOCIATED PRESS/ Virginia Mayo
De  Francisco Marques com AFP, AP
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Novos comissários europeus encarregues de reformar a política migratória dos "28" assumem o fim da divisão entre Estados-membros como prioridade e marcam digressão aos parceiros mais afetados

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Acabar com as divisões e encontrar um novo consenso europeu de solidariedade e cooperação na gestão dos requerentes de asilo é a prioridade dos novos comissários europeus responsáveis pela reforma da política migratória comum.

O vice-presidente da Comissão Europeia Margaritis Schinas, responsável pela pasta da promoção do estilo de vida europeu, e Ylva Johansson, comissária para os Assuntos Internos da União Europeia, vão começar o trabalho com uma digressão pelos parceiros mais afetado com o objetivo de encontrar forma de aliviar a pressão sobre os países de entrada.

"Somos uma união baseada em valores, em solidariedade e em cooperação. É tempo de mostrarmos isso também na área da migração. Temos de gerir as migrações de uma forma ordeira. Poderemos faze-lo se conseguirmos recuperar a confiança entre os Estados-membros e espero que consigamos promover isso", perspetivou a sueca, em conferência de imprensa.

O grego sublinhou que "não há tempo a perder". "Desta vez temos de fazer as coisas bem. Tem havido muita divisão entre os Estados-membros e isso já se arrasta há demasiado tempo. Precisamos de um novo consenso e temos de ser honestos com as pessoas em assumir onde estão os problemas e como nos propomos a resolve-los", afirmou Margaritis Schinas.

Os comissários responsáveis pela política migratória são esperados quinta-feira em Atenas, na Grécia, seguindo no dia seguinte para Ancara, na Turquia, um país externo à UE, mas um importante parceiro na gestão do fluxo de migrantes oriundo do Médio Oriente e atualmente em atrito com alguns Estados-membros como a França.

A rota Turquia-Grécia é uma das mais problemáticas da crise de migrantes. Os centros de acolhimento na Grécia estão para lá de sobrelotados e os requerentes de asilo não param de chegar a território europeu com o sonho de poderem seguir para norte e relançarem a vida no centro ou no norte da Europa.

Além da Grécia, Itália e Espanha são os Estados-membros mais pressionados pela chegada de requerentes de asilo à União Europeia.

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, só este ano, até dia 02 de dezembro, já entraram no território europeu 111.517 migrantes.

Mais de 90 mil requerentes de asilo chegaram pelo mar, enquanto 20.700 o fizeram por terra.

Mais de 1200 pessoas morreram a tentar chegar à Europa ou estão desaparecidas.

Editor de vídeo • Francisco Marques

Outras fontes • IOM

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