Cimeira da NATO: a união, as ameaças e as piadas a Trump

Cimeira da NATO: a união, as ameaças e as piadas a Trump
Direitos de autor Ludovic Marin vía Reuters
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De  Euronews
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No segundo dia da cimeira da NATO, as diferenças entre os membros da Aliança Atlântica sobressaíram, mas os políticos preferiram falar de consenso e união.

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A NATO mostrou uma imagem de unidade incapaz de tapar o sol com a peneira. A declaração final da cimeira que celebrou os 70 anos da Organização do Tratado do Atlântico Norte, em Londres, reafirmou o compromisso da defesa mútua dos 29 aliados e classificou a Rússia como uma ameaça.

Em conferência de imprensa, Emmanuel Macron reconheceu a relação conflituosa com o país, mas recusou-se a considerar a Rússia um inimigo e insistiu na importância do diálogo.

Durante a reunião desta quarta-feira, os dirigentes discutiram, pela primeira vez, o posicionamento da China. Ao final do segundo dia do encontro, o secretário-geral da NATO optou por desvalorizar as diferenças entre os países-membros e destacar a importância do consenso.

"Tem havido desentendimentos na NATO, desde que esta aliança existe. Somos 29 países, de ambos os lados do Atlântico, com diferentes histórias, diferentes geografias e diferentes partidos políticos no poder. A força da NATO é termos sempre sido capazes de ultrapassar essas diferenças e unirmo-nos em torno das nossas principais tarefas para nos protegermos e defendermos uns aos outros", afirmou Jens Stoltenberg. .

Os diferendos relativos ao financiamento da NATO também estiveram em cima da mesa, com o presidente americano a exigir que todos os membros cumpram a meta dos dois por cento.

Já o homólogo francês reiterou a necessidade da Europa se afirmar. "É importante que os europeus se voltem a comprometer, Temo-lo feito nos últimos dois anos em relação à defesa da Europa e agora temos de o fazer em relação à NATO. Não se trata de uma alternativa à NATO, mas de um pilar da NATO" disse Emmanuel Macron aos jornalistas.

Ainda esta quarta-feira, a atualidade ficou marcada pelo fait-divers que envolveu os chefes de Estado Justin Trudeau, Emmanuel Macron e Boris Johnson, apanhados em filme a comentar em tom jocoso as conferências de imprensa de Donald Trump.

A piada, que era para ser privada, gerou a indignação de Donald Trump, que acusou o primeiro-ministro canadiano de ter duas caras. Sem relacionar a decisão com o incidente, o presidente dos Estados Unidos acabou mesmo por cancelar a conferência de imprensa que tinha agendada e abandonar mais cedo a cimeira.

Apesar das zangas pessoais, a cimeira terminou com o presidente turco a retirar as objeções aos planos de defesa para os países Bálticos e a Polónia.

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