Greve geral é teste a Emmanuel Macron

Greve geral é teste a Emmanuel Macron
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De  Ricardo Figueira
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A contestação à proposta reforma do sistema de pensões pode significar o maior abalo ao mandato do presidente francês.

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O governo francês e o presidente Emmanuel Macron enfrentam, esta quinta-feira, uma greve geral contra a reforma do sistema de pensões que pode vir a ser o maior abalo do mandato. Depois de um ano de manifestações dos coletes amarelos, que causaram um grande desgaste à imagem do presidente, chega uma onda de contestação a propósito de um dos temas mais delicados na política francesa.

"De certa forma, tudo isto resume-se a um bloqueio estratégico a Emmanuel Macron. Por um lado, esse bloqueio é feito pelos setores que estão em posição de parar o país e que são os mais mobilizados - os caminhos-de-ferro e os transportes públicos, por exemplo - por outro, uma opinião pública que parece apoiá-los. A verdadeira batalha vai travar-se no campo da opinião", explicou à Euronews o analista político Benjamin Morel.

Macron está a meio do mandato e a pouco mais de dois anos das próximas eleições. O segundo mandato está longe de estar garantido e até a passagem à segunda volta pode estar comprometida: "O verdadeiro perigo para Emmanuel Macron, se não for até ao fim com esta reforma, é ver as bases eleitorais evaporar-se. Se 10% dos eleitores de Macron se evaporarem, isso pode não ser suficiente para passar à segunda volta", diz Morel.

A questão das pensões é uma das mais espinhosas para qualquer governo francês. Em 1995, uma onda de manifestações e greves contra uma outra reforma foi o princípio do fim do governo de Alain Juppé.

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