Franceses contestam projeto de reforma das pensões

Franceses contestam projeto de reforma das pensões
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De  Maria Barradas
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Jornada de mobilização em França, com greves e manifestações contra o projeto do governo de reforma das pensões. A contestação promete continuar.

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Em França, é forte a mobilização contra a reforma das pensões. Este dia 5 de dezembro foi marcado por greves e manifestações em todas as cidades do país.

O líder da central sindical CGT, Philippe Martinez diz que esta é a resposta a um mau projeto de reforma: "As tentativas de divisão por parte do governo, tentando estigmatizar os pseudo-privilegiados, não funciona. A resposta está na rua com o privado, o público, os reformados, os jovens, todos juntos. Isto mostra que este mau projeto diz respeito a todos e que estamos aqui a dizer que não o queremos".

A reforma visa acabar com os 42 regimes diferentes no país e criar um regime universal. Os franceses temem que o projeto ponha em causa os direitos adquiridos. Um homem mostra-se preocupado: "A mim, o que mais me preocupa é que não vejo futuro. Penso que a reforma acabará por desaparecer".

O dia foi de protesto e de greves. O setor dos transportes foi o mais atingido. Uma utente dos comboios afirma: "Eu entendo o movimento e as dificuldades, mas somos nós, os utentes, que nos encontramos encurralados nesta história e não sei se será desta forma que teremos vontade de apoiar os trabalhadores".

REUTERS/Gonzalo Fuentes

O ministro dos Transportes, Jean-Baptiste Djebbari, diz que o governo está preparado e esperava esta reação: "Não estou surpreendido. Já tinha anunciado há um mês e meio que a mobilização de 5 de dezembro seria importante. Isto confirma-se. O governo está preparado e está em contacto constante com os sindicatos há várias semanas", afirmou.

De acordo com a CGT, um milhão e meio de franceses saiu à rua nas principais cidades do país; segundo dados do ministério do Interior houve 860 mil manifestantes em toda a França.

A greve atingiu todos os setores e, em alguns, promete continuar. Há sindicatos a estender a paralisação a outras datas e anunciam-se outras formas de luta. Os profissionais dos transportes, por exemplo, prometem 15 operações de bloqueio nas estradas francesas este sábado.

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