Bolsonaro quer agilizar Mercosul

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Presidente do Brasil apelou à agilização dos acordos do Mercosul, durante o encontro de chefes de Estado do bloco económico sul-americano.

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No Mercosul não há tempo a perder. A afirmação, em jeito de apelo, vem de Jair Bolsonaro. O chefe de Estado brasileiro preside a reunião do Mercado Comum do Sul, num momento crítico para a economia da América Latina.

Em cima da mesa está um acordo de livre comércio estabelecido com a União Europeia, a 28 de junho, que levou duas décadas a concluir, mas que quase ninguém ainda ratificou.

De acordo com os dados da Comissão Europeia, o Mercosul exporta para o bloco europeu produtos e serviços no valor de 68 mil milhões de euros, e importa da União Europeia bens no valor de 54 mil milhões.

União económica vs. divergências políticas

"Hoje assinámos acordos que vão agilizar e simplificar as trocas entre nós, como o acordo de facilitação de comércio". assim fechou Bolsonaro os dois dias de trabalhos, entre 4 e 5 de dezembro, da 55.ª reunião dos chefes de Estado da Mercosul, na cidade brasileira de Bento Gonçalves.

Quem agora ouve o presidente brasileiro, nota as mudanças no discurso, tendo em conta que ainda em janeiro, durante a tomada de posse, era um crítico da globalização e que mais recentemente ponderou a saída do Mercosul. Bolsonaro temia então a entrada de Alberto Fernández no debate económico do bloco sul-americano. O chefe de estado eleito pela Argentina, quem vem do centro-esquerda e vai tomar posse na próxima terça-feira.

Aos argentinos, por sua vez, preocupa a instabilidade política dos vizinhos e parceiros económicos. Durante a sua intervenção, o presidente cessante da Argentina, Mauricio Macri, afirmou que "eleições são a única maneira de canalizar a vontade do povo boliviano e os mecanismos previstos na sua Constituição são o que vai permitir resolver esta situação"

Já numa alusão à Venezuela, Macri disse que "as violações, os atropelos do ditador Maduro ao seu povo continuam, gerando graves problemas humanitários e sanitários", uma realidade que, de acordo como o presidente, tem "fortes impactos em toda a região, especialmente sobre os países limítrofes" e que espera que "assim que possível se restabeleça a democracia" no país.

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