Para esta sexta-feira, os sindicatos de vários setores, que incluem, por exemplo, trabalhadores ferroviários, professores e paramédicos, prometem continuar a luta, numa das maiores greves das últimas décadas em França
França entra no segundo dia de greve maciça. Os franceses estão nas ruas em protesto contra a proposta do presidente Emmanuel Macron para reformar o sistema de pensões.
Com o setor dos transportes a ser um dos mais afetados, na quinta-feira, foram muitos os que viram as suas viagens adiadas.
Com o caos nos transportes, foram muitas as escolas encerradas em toda a França. Também os mais jovens estão contra as reformas propostas pelo Governo.
"É por causa das reformas das pensões. Não querem que a idade da reforma aumente e que as pensões, no futuro, sejam tão bem pagas como são agora. E o Governo não deve baixar a remuneração da reforma", diz um jovem estudante.
Segundo os sindicatos, só em Paris, mais de 250 mil pessoas manifestaram nas ruas o desagrado contra o projeto de reforma das pensões.
Protestos que se generalizaram por toda a França.
Os sindicatos asseguram que têm o apoio dos franceses e que os protestos irão continuar até que o Governo abandone as suas pretensões.
"Em primeiro lugar, relativamente a esta proposta, todas as sondagens mostram que os franceses não a querem. Em segundo lugar, o Governo tem tentado dividir-nos, tentando estigmatizar aqueles a quem chama de "privilegiados". Por isso, a resposta está nas ruas. Os setores privado e público, estão todos aqui. Os reformados estão aqui, os jovens estão aqui. Isso mostra que somos todos afetados por esta má proposta e estamos todos aqui para dizer que não a queremos", assegura o líder do CGT, Philippe Martinez.
Para esta sexta-feira, os sindicatos de vários setores, que incluem, por exemplo, trabalhadores ferroviários, professores e paramédicos, prometem continuar a luta, numa das maiores greves das últimas décadas em França.
O braço de ferro parece não ter fim à vista. O Executivo de Emmanuel Macron já avisou que pretende seguir o rumo e universalizar o sistema de pensões, colocando fim a 42 regimes especiais de reforma.