Argélia: Voto da diáspora começou com fortes protestos

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De  Maria Barradas com Reuters
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A votação na eleição presidencial da Argélia começou no estrangeiro ao som dos protestos. Os argelinos recusam os cinco candidatos do antigo regime.

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A cinco dias da eleição presidencial, a Argélia parece dirigir-se para um escrutínio sem votantes.

As urnas já abriram no estrangeiro, para o voto da diáspora, mas tem havido sobretudo protestos à entrada das assembleias de voto.

Os cinco candidatos à sucessão de Abdelaziz Bouteflika são contestados pela população que vê neles a extensão do anterior regime.

"Não há nenhum candidato válido, tendo em conta os seus itinerários, porque vêm todos do sistema. Eram todos antigos primeiros-ministros ou ministros que ainda são oligarcas", afirma um argelino em Paris.

Nem o debate, o primeiro na história da Argélia, em que todos participaram para expor os respetivos projetos políticos, acalmou os ânimos:

"Não vou votar e espero que não haja eleições. Este debate, por exemplo, é um desperdício de dinheiro, toda esta campanha eleitoral é um desperdício de dinheiro", afirma um homem que assiste ao debate.

"Eles ainda não responderam às exigências populares. Dissemos que todos eles têm que ir embora. O velho regime tem que ir, para que possamos ter eleições transparentes e saudáveis. Ninguém é contra as eleições, mas não nestas condições, refere outro.

A eleição está marcada para quinta-feira, 12 de dezembro. Os candidatos são todos da esfera do poder do regime Bouteflika. Dois foram primeiros-ministros; outros dois ministros em vários governos do regime.

O ato eleitoral já foi adiado duas vezes. Veremos se o "Movimento" aceita eleger algum destes homens.

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