Acordo entre Rússia e Ucrânia visto com cautela

Acordo entre Rússia e Ucrânia visto com cautela
De  Ricardo Figueira
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Apesar dos avanços, acordo não resolve o conflito que dura há mais de cinco anos.

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O primeiro encontro entre o novo presidente da Ucrânia Volodmyr Zelensky e o chefe de Estado russo Vladimir Putin em Paris deixou alguma esperança de melhor entendimento entre os dois países, mas também alguma desilusão, pelo pouco que se conseguiu.

Sob o olhar de Emmanuel Macron e Angela Merkel, os dois homens chegaram a acordo para algum desanuviamento, mas há divergências que persistem.

"Os acordos alcançados, que Putin descrevem como um desanuviar, não devem ser subestimados, porque os participantes poderiam ter saído sem nenhum acordo, que era a pior opção. Isto não aconteceu, o que é positivo. Se continuarmos neste caminho que começou em Paris, podemos falar em progresso na resolução deste conflito", diz o senador Alexei Pushkov, do partido do presidente russo.

Os quatro líderes concordaram apenas em um ponto: Que o simples facto de o presidente russo e o líder ucraniano se terem sentado à mesma mesa já é um avanço importante, depois de três anos de pausa nas negociações. Na Ucrânia, este caminho para a paz está a ser visto com cautela.

Diz Alexander Musiienko, do Centro Ucraniano de Pesquisas Militares e Jurídicas: "Vai tudo ser muito cuidadoso, muito pragmático do lado ucraniano. Como disse o presidente, não é esperada uma nova lei. Vão continuar a rever a antiga, talvez sejam introduzidas emendas à fórmula Steinmeier. Vai haver uma troca de prisioneiros e talvez um cessar-fogo".

Apesar dos avanços, as conversações não conseguiram por fim ao conflito que dura desde 2014 e já fez mais de 13 mil mortos no leste da Ucrânia. Os objetivos principais de Zelensky, que eram retomar o controlo da fronteira entre a região em conflito e a Rússia, tal como o desarmamento dos grupos pró-russos, não foram conseguidos.

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