Tribunal cipriota considerou que a acusação foi fundamentada em declarações "convenientes" e "evasivas"
Uma britânica de 19 anos foi considerada culpada de "injúria pública" por inventar que foi vítima de violação.
O caso aconteceu em julho, num hotel em Ayia Napa, uma cidade turística de Chipre. A jovem acusou um grupo de 12 adolescentes israelitas mas, esta segunda-feira, um tribunal distrital cipriota considerou que a acusação foi fundamentada em declarações "convenientes" e "evasivas".
Nicoletta Charalambidou, advogada de acusação, critica a falta de flexibilidade do tribunal.
“Queríamos trazer todas as provas em relação ao caso de violação, algo que infelizmente foi restringido. Porque a posição e a postura do tribunal foi : não estou a julgar um caso de violação, mas um caso de "injúria pública".
Nir Yaslovitzh, advogado de defesa, espera uma sentença que mude atitudes.
"Espero que o tribunal aplique uma sentença pesada, que reflita os danos que ela causou aos meus clientes. Uma sentença que envie uma mensagem de dissuasão a todos os que ponderem criar enredos falsos contra rapazes adolescentes".
**Decisão levantou polémica **
A decisão do tribunal levantou questões sobre a forma como o país lida com as vítimas de agressão sexual.
Manifestantes da Rede Contra a Violência sobre as Mulheres assistiram ao anúncio do veredicto e gritaram palavras de apoio à saída do tribunal.
Em tribunal, a britânica garantiu que a polícia do Chipre a obrigou a mentir sobre a veracidade do primeiro depoimento. A polícia demente.
A sentença será lida até 7 de janeiro e a jovem britânica pode enfrentar uma pena de até um ano de prisão.