França permanece longe do compromisso social

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Direitos de autor AP Photo/Laurent Cipriani
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Governo, sindicatos e patrões franceses ainda não chegaram a consenso em relação à reforma da segurança social.

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França repensa o sistema de segurança social, mas pouco ou nenhum consenso tem impedido as negociações de chegar a bom porto.

Após cinco semanas de impasse e greves, governo, sindicatos e patrões sentaram-se à mesa para discutir as propostas do executivo.

Este sábado, garante o primeiro-ministro, é dia de apresentar propostas concretas.

À saída da reunião, Edouard Philippe foi mesmo quem se mostrou mais otimista. O chefe do executivo disse que a "troca de ideias deu lugar a discussões muito francas, construtivas (...) e úteis" e que a noite foi de "grandes progressos", mas até as partes chegarem a um compromisso, - garantiu - ainda "há muito trabalho pela frente".

Entre as principais medidas em cima da mesa estão a criação de um sistema universal de pensões e o aumento da idade da reforma dos 62 para os 64 anos. Mas as propostas não seduzem nem sindicatos, nem patrões.

Do lado dos trabalhadores, a exigência de suprimir o projeto de lei sobre a idade da reforma, o que, na prática, significa alterações à proposta já enviada ao Conselho de Estado.

O secretário-geral da Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT), Laurent Berger, afirmou ser " necessário que o projeto de lei seja suprimido, o que significa alterações à proposta enviada ao Conselho de Estado". Para o líder sindical, "o aumento da idade de reforma terá de deixar de existir, para se alcançar um sistema equilibrado em 2027".

Para a federação de empregadores, as conversações estão numa fase inicial ainda longe do compromisso. Antes de mais, os patrões querem ver os números e exigem saber quanto é que a reforma da segurança social vai custar

"Um compromisso não é o que importa agora, estamos num ponto em que queremos saber quanto é que tudo isto vai custar. Oiço algumas pessoas dizer que estamos perto de um acordo, mas para chegarmos a um acordo sobre o financiamento e outros aspetos, precisamos de números. E ainda não temos os números ", afirmou o presidente do Movimento de Empresas de França (MEDEF), Geoffroy Roux de Bézieux.

Um dia antes da reunião, centenas de milhares de franceses saíram à rua para contestar os planos do governo. Os sindicatos não dão tréguas e os protestos que continuam este sábado, prometendo afetar vários setores no país.

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