Pedofilia: Julgamento de Bernard Preynat adiado

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O antigo sacerdote e capelão dos escoteiros da diocese de Lyon é acusado de alegadamente ter abusado sexualmente de dezenas de menores durante 20 anos.

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Uma greve dos advogados franceses adiou, por 24 horas, o início do julgamento de Bernard Preynat, cujas acusações deram início ao processo Barbarin.

O antigo sacerdote e capelão dos escoteiros da diocese de Lyon é acusado de alegadamente ter abusado sexualmente de dezenas de menores durante 20 anos.

O início do julgamento estava marcado para esta segunda-feira, mas foi adiado para terça devido a uma manifestação no tribunal de Lyon. Dezenas de advogados protestaram contra a reforma do sistema de pensões, proposta pelo presidente gaulês Emmanuel Macron.

O protesto foi encabeçado pelo presidente da Ordem dos Advogados de Lyon, Serge Deygas.

"É uma questão de proteger a profissão jurídica. O projeto de reforma ameaça a sobrevivência de um grande número de pequenos escritórios de advocacia, e isso é algo que não podemos absolutamente aceitar".

Bernard Preynat, hoje com 74 anos, é acusado de, alegadamente, ter abusado sexualmente de mais de 70 escoteiros, com idades entre os sete e os 15 anos, entre 1971 e 1991.

Preynat é descrito como uma figura carismática que, durante décadas terá usado a sua posição como líder dos escoteiros de Lyon para abusar dos menores.

Esta terça-feira, as vítimas vão ficar frente a frente com o alegado predador. Caso seja condenado, Bernard Preynat pode incorrer numa pena de 10 anos de prisão. Devido ao adiamento, o processo terá menos um dia de duração, algo que não preocupa os queixosos.

"Só temos um réu à nossa frente. Não é como no julgamento de Barbarin, que durou quatro dias com nove queixosos e seis réus. Aqui temos 10 queixosos, e apenas um réu. Portanto, creio que quatro dias serão suficientes.", afirma Pierre Emmanuel Germain Thill, alegada vítima de Bernard Preynat.

O caso Preynat surgiu a público em 2015 e esteve na origem do julgamento do Philippe Barbarin, antigo arcebispo de Lyon, acusado de ter não denunciado os crimes de pedofilia do sacerdote da sua diocese. Em março de 2019, a justiça francesa condenou o primaz a seis meses de prisão com pena suspensa.

O cardeal emérito espera agora a decisão do Tribunal de Recurso, marcada para 30 de janeiro.

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