Várias comunidades indígenas estão reunidas na Amazónia para desenvolver um plano com o objetivo de travar a exploração económica da região.
Os indígenas brasileiros estão contra as políticas de Jair Bolsonaro e querem fazer-se ouvir.
Sob um sol escaldante, na Amazónia, 16 comunidades estão reunidas até esta sexta-feira para desenvolver um plano conjunto para travar o projeto de abrir a região à exploração mineira e agrícola.
"Nenhum movimento consegue enfrentar ou impedir qualquer medida anti-popular deste governo. Então temos de nos juntar. Somente com estas alianças, com o fortalecimento do movimento, é que a gente vai conseguir barrar essa agenda trágica que representa o governo Bolsonaro", explica a coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Sonia Guajajara.
Os dados do Instituto Nacional de Investigação Espacial (INPE) do Brasil revelam que, em 2019, a desflorestação na Amazónia aumentou 85% face ao ano anterior.
As comunidades recusam que a solução para o crescimento económico do país esteja nos solos que são também a sua casa, apesar de as promessas de prosperidade terem cativado parte dos habitantes locais.
O chefe Raoni Metuktire revela que há "familiares que concordam com as ideias de Jair Bolsonaro. Para o líder indígena "o presidente está a criar divisão, mas esses parentes estão errados. Estamos contra ele e vamos defender-nos".
Após o encontro, o chefe Kayapó espera levar ao Congresso, em Brasília, um documento com as conclusões da reunião..