Invasão ambientalista no Salão Automóvel de Bruxelas

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De  Francisco Marques com AFP
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Ativistas do movimento "Extinction Rebellion" despejaram sangue falso nos carros expostos e acusaram as petrolíferas de assassínio

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Por um novo modelo de mobilidade mais justo e ecológico, mais de 150 ativistas afetos ao movimento ambientalista "Extinction Rebellion" invadiram o perímetro de segurança do Salão Automóvel de Bruxelas, na Bélgica, para realizarem uma série de ações de protesto em nome do planeta.

Os ativistas despejaram sangue falso sobre os carros expostos, passaram multas, fingiram-se de mortos e acusaram de assassínio grandes empresas petrolíferas, com um alvo bem definido: a Shell.

Sarah, a porta-voz do grupo, justificou o protesto com o "objetivo de levar os cidadãos a refletir e a convencerem-se a eles mesmo a resistir à pressão da indústria automóvel e a exigir um novo modelo de mobilidade".

"Um modelo que promova uma série de alternativas social e ecologicamente mais justas (para o planeta)", acrescentou a porta-voz, garantindo ser "necessário parar" a indústria automóvel porque ela "já mentiu no passado, continua a mentir e continuará a mentir."

Os ativistas ainda conseguiram expor à entrada da exposição uma enorme faixa onde se podia ler "Stop às emissões de CO2".

No final da intervenção do grupo, a polícia belga deteve entre 80 a 100 ativistas participantes no protesto para identificação.

As ações do movimento "Extinction Rebellion" tiveram eco noutros países.

No Reino Unido, um grupo afeto ao movimento bloqueou este sábado o acesso a uma bomba de gasolina da BP, em Cambridge, denunciando a "ultra dependência" daquela cidade nos combustíveis fósseis.

Mais a norte, entre Leeds e Manchester, um outro grupo deslocou-se a uma zona de floresta onde estaria previsto o corte de árvores para abrir caminho à nova linha ferroviária para o projeto de um comboio de alta velocidade que irá ligar Londres ao norte de Inglaterra.

Estes protestos acontecem um dia depois do jornal britânico Guardian ter noticiado a inclusão pela polícia britânica de grupos ambientais como o "Extinction Rebelion" ou a Greenpeace numa lista antiterrorismo distribuída por pessoal médico e docente.

Ao lado destas organizações ativistas pelo planeta surgiam grupos neo-nazis. A lista faz parte de um projeto de prevenção antiterrorismo usado por toda a Inglaterra para identificar indivíduos em vias de cometer atos terroristas.

Outras fontes • BBC, Guardian

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