Ilhas gregas fazem 1º protesto desde o início da crise migratória

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Direitos de autor AP Photo/Aggelos Barai
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De  Nara Madeira
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Habitantes das cinco ilhas gregas do mar Egeu preparam protesto para esta quarta-feira. O primeiro desde o início da crise migratória.

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Apesar das baixas temperaturas invernais que se fazem sentir o sangue ferve nas ilhas gregas do mar Egeu. Os moradores das cinco ilhas estão a preparar-se para um protesto, esta quarta-feira. O primeiro, desde o início da crise migratória. As manifestações trazem a lume o peso que este desafio trouxe a estas ilhas em 2015:

"O povo do Egeu Setentrional é pacífico. No entanto, pode perder-se o controlo a qualquer momento. Já tivemos alguns desacatos, problemas entre aqueles que são nossos convidados. No outro dia, uma pessoa foi morta e ontem outra foi ferida. Estes constrangimentos, as más condições de vida, à chuva, ao frio, são um desafio para essas pessoas", adianta o governador regional, Kostas Moutzouris.

De acordo com o relatório da Frontex 2019, as chegadas aqui dispararam, numa época em que menos pessoas têm desembarcado em toda a região do Mediterrâneo.

Os requerentes de asilo, nas cinco ilhas, ultrapassam os 42.000. As chegadas são muito maiores do que a velocidade a que se desenrola o processo de recolocação. Em Vathy, Samos, o número de requerentes de asilo é já igual à população, 7.500 moradores.

"Estamos a viver um dia-a-dia invulgar, traga isso o que nos trouxer, porque a população duplicou. Não é uma população comum, são migrantes e refugiados, que também estão a sentir-se presos. Muitos deles estão a mostrar um comportamento antissocial", explica o presidente da câmara de Samos Oriental, Giorgos Stantzos.

Para corrigir um erro, o governo grego repôs o Ministério da Imigração e colocou Notis Mitarakis à frente dele. Mitarakis, um deputado eleito por Chios, tem que convencer os habitantes locais de que a criação de novos centros nas áreas já afetadas é necessária para conseguir descongestionar os já existentes.

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