Espanha decreta emergência climática e lança plano de ação

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Direitos de autor AP Photo/Manu Fernandez
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De  João Paulo Godinho
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As medidas previstas no plano do governo de Pedro Sánchez podem ter forte impacto em Portugal.

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A sofrer os efeitos da tempestade Glória, como mais um sinal do impacto das alterações do clima e que provocou a morte a pelo menos quatro pessoas, Espanha declarou a emergência climática no país.

É já o segundo estado membro da União Europeia a tomar esta decisão. Para passar à ação, o novo governo espanhol anunciou um plano com 30 medidas, no qual o objetivo principal é atingir a neutralidade carbónica até 2050, em linha com o compromisso europeu.

Para a ministra espanhola para a Transição Ecológica, Teresa Ribera, é inevitável os estados enfrentarem o desafio colocado pelas alterações climáticas.

"Sabemos que não abordar este grande desafio é muito regressivo do ponto de vista social e tem enormes custos do ponto de vista económico e ambiental. E porque são as instituições, independentemente da sociedade no seu conjunto, a atuar contra a mudança climática. As instituições tem uma capacidade de atuação, orientação e acompanhamento completamente distinta", afirmou a ministra e vice-presidente do Executivo liderado por Pedro Sánchez.

Entre as medidas está o reforço das energias renováveis na produção de eletricidade para 95%, a neutralidade carbónica da atividade agrícola e a eliminação da poluição da circulação rodoviária, algo que pode ter também impacto em Portugal.

Apesar de o Estado Português ter também já apresentado o Roteiro para a Neutralidade Carbónica, que defende a aposta em cadeias logísticas para minimizar a intensidade carbónica do transporte de mercadorias, o país está fortemente dependente das importações dos outros países do espaço comunitário. E uma percentagem significativa dessas importações tem de passar pelas estradas espanholas até chegar a Portugal, algo que pode estar ameaçado nas próximas décadas.

Os detalhes do plano ainda estão por ultimar. O governo espanhol comprometeu-se a apresentar o projeto ao parlamento durante os primeiros 100 dias.

Outras fontes • El País

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