Representantes de 50 países e sobreviventes do campo de concentração nazi celebram junto ao "Portão da Morte" o dia em que foram salvos pelo exército soviético
É um dos exemplos do pior que o Homem pode fazer a outro.
O campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, no sul da Polónia, foi o principal centro de extermínio nazi na Segunda Guerra Mundial. Esta segunda-feira, representantes de cerca de 50 países participaram na cerimónia que assinalou os 75 anos da libertação do complexo.
O presidente da Polónia garantiu que não deixará esquecer a tragédia. Andrzej Duda disse que é seu "privilégio alimentar sempre a memória e guardar a verdade sobre o que aconteceu. A verdade sobre o Holocausto não deve morrer. A memória de Auschwitz deve prolongar-se para que esse extermínio nunca se repita."
Mais de duzentos sobreviventes de Auschwitz marcaram também presença na cerimónia e partilharam alguns dos momentos horríveis que viveram. Cicatrizes que carregam há 75 anos e que ainda hoje levam Bat-Sheva Dagan a questionar-se: "Onde estavam todos? Onde estava o mundo que podia ver isto, que podia ouvir isto e não fez nada para salvar todos aqueles milhares?"
Estima-se que cerca de um milhão e trezentas mil pessoas morreram no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau.
Vítimas de fome, doenças, frio, mas a grande maioria acabou assassinada pelo regime nazi nas câmaras de gás do campo.