Aquecimento global ameaça vinhas

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Estudo prevê profundas mudanças no panorama vitícola mundial, mas oferece alternativas

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O aquecimento global vai alterar profundamente o panorama vitícola mundial.

Um estudo publicado pela PNAS, a revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, no qual colaboraram cientistas canadianos, franceses e espanhóis, indica que uma subida nas temperaturas médias de 2 graus Celsius - objetivo do Acordo de Paris - significará o desaparecimento de mais de metade das regiões de vinhedo atuais. Uma subida de 4 graus representaria o desaparecimento de 85%.

Os países mediterrânicos estão entre os mais afetados, com perdas de até 65 por cento nos territórios de vinha em Espanha ou Itália. Em climas mais temperados, como em França ou na Alemanha, as perdas seriam compensadas pelo desenvolvimento de novos territórios. Quem poderia beneficiar seriam as regiões vitícolas de latitudes mais elevadas, como a Nova Zelândia ou o norte dos Estados Unidos, que poderiam ganhar novos territórios para o cultivo de vinha, com aumentos de 15 a 100%, segundo a variedade de uva.

Mas os cientistas frisam que as perdas podem ser mitigadas adaptando as atuais regiões vitícolas a novas cepagens.

Iñaki Garcia de Cortazar Atauri, investigador do Instituto Nacional de Pesquisa Agronómica, França: "É importante frisar que são estabelecidas, desde há vários anos, estratégias e procedimentos para que os viticultores e regiões vitícolas possam explorar a possibilidade de integrar novas variedades de uva nas suas denominações de origem."

Variedades tardias e que resistem melhor ao calor, como o syrah ou grenache, poderão ser desenvolvidas nas regiões vitícolas atuais. Mas resta saber se os amantes de vinho aceitarão a mudança no cultivo de cepagens como o pinot noir ou chardonnay para regiões a norte sem tradição vitícola.

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