Arcebispo de Lyon absolvido em segunda instância

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Direitos de autor AP Photo/Laurent Cirpriani
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Cardeal Philippe Barbarin tinha sido condenado por ocultar casos de pedofilia na sua diocese

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O cardeal francês Philippe Barbarin, condenado em primeira instância a seis meses de pena suspensa por ocultar casos de pedofilia na diocese de Lyon, foi absolvido esta quinta-feira em recurso.

Philippe Barbarin, arcebispo de Lyon: "É com serenidade que tomo nota da decisão do Tribunal de Recurso de Lyon, que declarou que não sou culpado do que me acusavam. Esta decisão permite virar uma página. Para a Igreja de Lyon, é a ocasião de abrir um novo capítulo. Vou de novo pôr o meu cargo de arcebispo de Lyon nas mãos do Papa Francisco. Se ele quiser, irei a Roma. Em março, ele recusou a minha demissão, aceitando que me afastasse durante o processo legal. Agora, posso renovar de forma pacífica o meu pedido."

O Papa Francisco já reagiu. O Vaticano indicou, em comunicado, que o Sumo Pontífice acompanha os desenvolvimentos do caso e que o líder da Igreja Católica vai observar um período de reflexão antes de tomar uma decisão.

François Devaux, vítima de abusos sexuais e presidente da associação "La Parole Libérée": "Continua a haver uma falha moral que é hoje difícil de negar. Não se trata de esmagar o homem, mas penso que, moralmente, é difícil que Philippe Barbarin continue a ocupar as funções, como outros no FMI ou no Ministério do Orçamento. É a bancarrota moral."

Guillaume Petit, euronews: "Esta novela judicial que marcou a Igreja em França ainda não terminou. Um dos advogados das partes civis anunciou a intenção de recorrer aos tribunais para contestar a prescrição de determinados acontecimentos. Os queixosos, apesar da deceção, sublinham a importância do processo para agitar a questão dos abusos sexuais de menores no seio da Igreja e, de uma forma mais geral, da sociedade em França."

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