Migrantes usam casas abandonadas junto à fronteira húngara

Migrantes usam casas abandonadas junto à fronteira húngara
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De  Attila MagyarRicardo Borges de Carvalho
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Enquanto esperam a abertura da fronteira, grupos de migrantes acampam na Sérvia e ocupam casas vazias para dormir

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Uma família síria, de Aleppo, com sete filhos, vive na floresta perto do rio Tisza, desde o início de janeiro. Estão a 15km da fronteira entre a Sérvia e a Hungria, no lado sérvio. A criança mais nova tem apenas dois anos. O pai, Mahmoud, diz que querem ir para a Alemanha o mais rápido possível.

"Gostávamos de ir para um país pacífico, onde os nossos filhos possam ir à escola. As autoridades têm de abrir a fronteira para que possamos ir para a Alemanha."

A fronteira húngara continua fechada. A polícia faz patrulhas e usa câmaras de vigilância para evitar que os migrantes ilegais atravessem a fronteira. Nos últimos dias, são cada vez menos os migrantes a chegar àquelas paragens, segundo Róbert Lackó, Coordenador para os Migrantes em Kanjiza, Sérvia.

"A presença deles diminuiu. Na segunda-feira registámos cerca de 70 pessoas, mas elas estão em movimento. Este não é o número total porque cerca de 20-30 migrantes ainda vivem em acampamentos na floresta e alguns migrantes, à noite, vão para edifícios abandonados."

Enquanto lá estivemos, também encontrámos casas abandonadas. Marcas de fuligem na parede de uma antiga sala de estar, restos de cinzas no chão. Há lixo e fezes humanas numa sala. A situação deixa os habitantes locais ainda mais zangados, mas até agora nunca houve um confronto violento entre moradores e migrantes.

O repórter da Euronews, Attila Magyar, salienta que "no lado sérvio da fronteira tripartida entre Hungria, Roménia e Sérvia há muitas casas e quintas abandonadas. Nos últimos anos, os jovens mudaram-se para Subotica ou para a capital, Belgrado. Os refugiados passam noites nas suas casas e as autoridades nada conseguem fazer. Esperam uma solução que ainda não foi encontrada."

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