Bósnia e Herzegovina prepara reintegração social.
Quando Sefik soube que o filho Ibro tinha viajado para a Síria para se juntar ao Daesh, o impensável passou pela sua cabeça: "Só queria que uma granada explodisse e o desfizesse em pedaços."
Ibro tinha 19 anos quando deixou a Bosnia Herzegovina. A fotografia no relatório da polícia é a única que Sefik guarda do filho - que diz ter desaparecido para sempre.
Milhares de jovens europeus foram atraídos pelas ideias radicais do grupo terrorista Estado Islâmico.
Agora que o Daesh saiu derrotado militarmente, alguns países começaram a repatriar os antigos combatentes.
A Bósnia e Herzegovina anunciou que o faria, no final do ano passado.
Mas as autoridades de outras zonas do país discordam da decisão - e têm uma visão diferente sobre as motivações.
A retirada dos Estados Unidos do nordeste da Síria levantou questões sobre o destino dos combatentes estrangeiros do DAESH e das famílias.
Muitos países da UE - incluindo França e Alemanha - mostraram uma certa relutância quanto ao repatriamento, argumentando que será difícil processar os combatentes do DAESH devido à falta de provas sobre os crimes cometidos na Síria e no Iraque.
A questão da justiça é central num debate sobre a desradicalização que afeta países de todo o mundo
O plano da Bósnia e Herzegovina é envolver as famílias em programas de reintegração social e segundo o governo, muitos já se voluntariaram. No entanto, alguns pais ainda não estão prontos para perdoar.