Coronavírus: China garante estabilidade do comércio mundial

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Direitos de autor AP Photo/Ng Han Guan
De  João Paulo Godinho
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Os parceiros comerciais da segunda maior economia do mundo temem rupturas nas cadeias de abastecimento globais.

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Com Pequim a privilegiar o silêncio sobre o impacto económico do surto do coronavírus, os parceiros comerciais da China estão a mostrar-se cada vez mais preocupados com a eventual ruptura das cadeias de abastecimento.

Segundo um relatório da consultora McKinsey, a China tornou-se nos últimos anos menos exposta em termos económicos face ao resto do mundo.

Entretanto, foi o resto do mundo que ficou mais dependente da China. O país é, de longe, o maior exportador mundial, seguido da União Europeia e dos Estados Unidos da América.

Por isso, o Ministério chinês do Comércio já veio garantir a estabilidade do comércio externo.

"Vamos ajudar mais empresas de capital estrangeiro a retomarem a produção e o trabalho. Será dada prioridade às principais empresas de capital estrangeiro na retoma dos fornecimentos, a fim de manter a estabilidade das cadeias de abastecimento globais", afirmou Ren Hongbin, ministro adjunto do Comércio.

Mais de 80% das empresas estrangeiras estão de volta ao trabalho no município de Xangai. Entre essas empresas está a companhia médico-farmacêutica Merck, com o presidente da Merck China a vincar a capacidade da empresa para dar resposta às expectativas dos clientes.

"Diria que mais de 60 a 70% do nosso pessoal operacional está de volta e a trabalhar nas instalações, mas, no que toca a atender às necessidades dos clientes, até agora estamos muito satisfeitos por cumprir com as suas necessidades", declarou Allan Gabor.

Para muitos trabalhadores, o impacto do coronavírus reflete-se nas coisas mais simples, como, por exemplo, poder chegar ao trabalho. Na empresa Siemens Healthineers China, por exemplo, o presidente Jerry Wang revelou a adoção de mecanismos de trabalho mais flexíveis para os funcionários.

"Para o setor de vendas e outros funcionários de back-office, estamos a dar o nosso melhor para que trabalhem em turnos ou por meios digitais, online ou telefone, de forma a retomar por completo o trabalho", explicou.

As autoridades chinesas prometem ajuda financeira ao setor empresarial. Já as empresas estão a oferecer bónus e outros incentivos aos trabalhadores para retomarem a produção normal na segunda maior economia do mundo.

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