Umaro Sissoco Embaló substitui PM, militares ocupam meios de comunicação

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O presidente autoproclamado da Guiné-Bissau afastou o chefe de governo depois da tomada de posse "simbólica". Entretanto, já há um novo presidente interino.

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O autoproclamado Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, nomeou hoje Nuno Nabian para o cargo de primeiro-ministro, segundo um decreto presidencial divulgado à imprensa. Pouco depois desta decisão, militares guineenses retiraram os funcionários da rádio e da televisão públicas e ordenaram a suspensão das emissões, disse à Lusa um jornalista.

Nuno Nabian é o líder da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), que fazia parte da coligação do Governo, mas que apoiou Sissoco Embaló na segunda volta das presidenciais.

Nabian é também primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional Popular e foi nessa qualidade que indigitou simbolicamente Sissoco Embaló como Presidente na quinta-feira, numa cerimónia realizada num hotel da capital guineense, qualificada como “golpe de Estado” pelo Governo guineense.

Embaló demitiu hoje Aristides Gomes do cargo de primeiro-ministro, justificando com a sua "atuação grave e inapropriada" por convocar o corpo diplomático presente no país, induzindo-o a não comparecer na tomada de posse e a "apelar à guerra e sublevação em caso da investidura do chefe de Estado, que considera um golpe de Estado".

A situação na capital guineense é calma, verificando-se apenas a presença de alguns militares junto a algumas instituições do Estado como o Palácio do Governo, o Supremo Tribunal de Justiça ou os os ministérios das Finanças, da Justiça e Pescas, estes três na mesma avenida no centro de Bissau.

No parlamento não há presença de militares.

Entretanto, o presidente do Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, tomou posse como Presidente interino, numa sessão no parlamento.

A posse foi conferida pela deputada Dan Ialá, primeira secretária da mesa do parlamento, invocando o n.º 2 do artigo 71 da Constituição guineense, que prevê que, havendo vacatura na chefia do Estado, o cargo é ocupado pelo presidente da Assembleia Nacional Popular, segunda figura do Estado.

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