Presidente turco não recua na decisão de abrir as portas da Europa, o que deixa milhares de migrantes em terra de ninguém
O êxodo começou assim que a Turquia anunciou que não iria impedir os migrantes que tentassem chegar à Europa, na sexta-feira. A vaga migratória intensificou-se no fim de semana e de acordo com o ministro do Interior turco, Süleyman Soylu, esta segunda-feira ao início da tarde já mais de 115 mil pessoas tinham abandonado o país.
Do lado grego, as portas continuam fechadas, uma medida validada por Bruxelas mas que deixa milhares de migrantes em terra de ninguém. Para Recep Tayyip Erdoğan, chegou o momento da União Europeia assumir a sua quota de responsabilidade na situação:
"Depois de abrirmos as fronteiras, recebemos várias chamadas a pedir para as fecharmos. Disse-lhes que estava feito, que não havia volta a dar. As portas da Europa estão abertas e agora também têm de carregar o fardo."
Ancara queixa-se que Bruxelas falhou as promessas feitas aquando da assinatura de um acordo em 2016 para as duas partes cooperarem na gestão da crise migratória. A Turquia é o país que recebeu mais refugiados provenientes da Síria, um total superior a três milhões e meio.