Eurogrupo procura consenso sobre resposta à crise económica

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De  Isabel Marques da SilvaJack Parrock
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O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, vai tentar aproximar quatro países mais frugais das posições dos outros 15 Estados-membros que querem medidas solidárias de resposta à crise económica criada pela pandemia.

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Os ministros das Finanças da zona euro tentam, esta semana, fazer a ponte entre duas posturas sobre como enfrentar a recessão que se avizinha por causa da paralização económica derivada da pandemia da Covid-19.

Quatro dos 19 países não querem os "coronabonds", termo em Inglês para designar obrigações de dívida pública conjunta para mobilizar dinheiro nos mercados financeiros.

O governo dos Países Baixos está categoricamente contra, acompanhado do ceticismo da Alemanha, Áustria e Finlândia.

“A posição desses países é que foram cuidadosos ao longo dos últimos dois anos, construíram uma reserva para os dias de chuva, digamos assim. Estão preocupados com o facto de outros países, como por exemplo a Itália, não terem feito o mesmo, temendo que possam ser arrastados para a crise se ficarem responsáveis pela nova dívida", explicou Megan Greene, economista na Harvard Kennedy School, em entrevista à euronews.

O Banco Central Europeu pretender gastar 750 mil milhões de euros para comprar dívida pública individual, mas defende que haja também uma emissão conjunta.

A Comissão Europeia apresentou um programa de 100 mil milhões de euros para ajudar a manter postos de trabalho.

Mas o Mecanismo Europeu de Estabilidade parece ser o mais instrumento mais consensual. Este fundo de resgate, criado após a crise financeira de 2008, pode chegar aos 700 mil milhões de euros, mas costuma exigir condições como as que foram impostas pela troika, no passado.

“Se houver uma espécie de explosão que afete toda a zona euro, teremos uma enorme crise auto-infligida e totalmente desnecessária. Uma forte resposta política vai permitir gerir bem esta crise porque temos uma efetiva capacidade de resposta e devemos usá-la", defendeu o analista económico Guntram Wolff, diretor do centro de estudos Bruegel, em Bruxelas, em entrevista à euronews.

O governo de Portugal é um dos que mais veementemente tem defendido a emissão conjunta de dívida pública para fazer face à crise.

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