Dispara a procura de máscaras em Moçambique

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Ateliê de Maputo propõe proteções feitas de capulana, um tecido tradicional.

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É nos arredores de Maputo que se situa o ateliê de costura de Luisarda Matsinhe. Em plena pandemia, o fabrico de máscaras de proteção representa a maioria dos pedidos efetuados, que aliás se multiplicaram por 10.

Luisarda utiliza como base a capulana, um tecido estampado tradicional de Moçambique.

"Há dois meses, nem se falava de máscaras. Mas, nos últimos tempos, tem-se falado muito mais. Num só dia podemos fazer 50 máscaras e todas elas já têm dono. Temos de renovar o stock todos os dias. Quanto mais produzimos, mais há procura. Há uma tomada de consciência das pessoas de que é necessário proteger porque a doença é realmente séria", diz Luisarda.

Cada unidade custa entre 60 cêntimos e 1 euro. No entanto, basta olhar para a Feira de Artesanato de Maputo (Feima), por exemplo, para constatar que o incremento da atividade de Luisarda está bem longe da realidade de outros artesãos.

"A situação está muito má mesmo. Não há nada, não há clientes. Não existe nada. Só que é difícil ficar em casa. Temos de vir todos os dias. Pode aparecer alguém... Mas não tem nada aqui", explica-nos Frederico António, pintor.

A procura de máscaras disparou depois de o governo moçambicano ter declarado obrigatório o uso nos transportes públicos e em espaços de grande afluência.

Os últimos dados oficiais apontam para um total de 21 casos de infeção no país. Não há registo de vítimas mortais.

As escolas foram encerradas, todos os eventos públicos foram cancelados. O continente africano conta, ao todo, sete centenas de vítimas mortais da Covid-19 e 13 mil casos de infeção.

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