FMI prevê recessão para Angola e crescimento para Moçambique em 2020

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De  Euronews com LUSA
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As previsões do Fundo Monetário Internacional para alguns dos PALOP refletem já o impacto da pandemia do novo coronavírus.

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou as suas Perspetivas Económicas Regionais da África subsaariana, nas quais prevê para este ano uma recessão económica de 1,4% para Angola e de 4% para Cabo Verde, enquanto Moçambique deve conseguir crescer 2,2%.

Face a 2019, Moçambique repete a performance com a subida do PIB, ao passo que Angola volta a descer, depois de ter registado no ano anterior uma recessão de 1,5%. Todavia, o FMI antecipa o regresso ao crescimento positivo em 2021, com uma estimativa de subida de 2,6%. 

Por sua vez, Cabo Verde sofre profundamente os efeitos da quebra do turismo devido ao surto pandémico mundial em 2020, mas consegue recuperar em força no ano seguinte, com uma previsão de crescimento de 5,5%.

Segundo o documento, dedicado na íntegra aos efeitos da pandemia de covid-19, os três países terão todos um aumento da dívida pública neste ano. 

De acordo com as previsões da instituição, Angola sobe de 109,8% para 132,2% do Produto Interno Bruto (PIB); Cabo Verde vê a dívida aumentar de 121,2% para 132,5%; e Moçambique tem um crescimento da dívida de 109% para 125,4%. 

Num quadro de incerteza ainda maior do que o habitual, o FMI antecipa que a África subsaariana tenha um crescimento negativo de 1,6%, o maior de que há registo e 5,2 pontos percentuais abaixo das previsões de outubro, e prevê que em 2021 o continente volte ao crescimento, vendo o PIB expandir-se, em média, 4,1%.

Para o Fundo, a previsão de recessão para África subsaariana explica-se por três grandes fatores: as medidas de contenção, que prejudicam a atividade económica, os efeitos do abrandamento da economia global, também ela em recessão este ano, e a "forte queda do preço das matérias-primas, especialmente o petróleo, que magnifica os desafios em algumas das maiores economias dependentes de recursos, nomeadamente Angola e a Nigéria".

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