Empresas convertem-se e fabricam máscaras

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De  Guillaume Petit
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A reconversão de várias empresas, além de ajudar o esforço contra a Covid-19, evita o desemprego parcial.

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Há semanas que a questão paira na cabeça de muitos franceses: Onde estão as máscaras? Encomendas de vários milhões foram feitas à Ásia, mas para o grande público está a ser difícil encontrar.

Algumas empresas como a Porcher Industries, perto de Lyon, que fabricava materiais para automóveis, aviação e construção, reconverteram-se e estão agora a fabricar máscaras. Estas, produzidas aqui, respondem às normas de segurança recomendadas pelas autoridades do país.

Explica Jean-Marc Sénécot, diretor de pesquisa e desenvolvimento: "Cada vez que o tecido é lavado, seja cinco, dez, cinquenta, sem vezes, é testado, para ver se a filtragem continua eficaz. Esta norma pode servir para a Europa e sei que há discussões em curso com outros países".

Há apenas um mês, os responsáveis desta empresa pouco sabiam sobre máscaras. Aqui, fabricavam-se coisas como parapentes ou materiais para o interior de aviões. As ferramentas tiveram de ser atualizadas.

Diz André Genton, CEO da Porcher Industries: "Encomendámos novos equipamentos, que se juntaram a alguns já existentes e começámos a comprar matérias-primas que não costumávamos comprar. Alguns empregados tiveram de aprender novas formas de trabalhar, tivemos de apostar na polivalência e as pessoas aceitaram bem essa mudança".

A produção aumentou das cem mil máscaras para mais de um milhão por semana. Em breve, a empresa espera vender estas máscaras a outros países europeus.

Esta produção em massa é benéfica também para a empresa. 70% dos trabalhadores continuaram a trabalhar, evitando o desemprego parcial: "É bom saber que somos úteis, mais do que habitualmente, sabendo que há muita gente em desemprego parcial. Contribuímos para fazer máscaras, o que nos dá mais motivação", diz Virginie Vella, operária.

Sete empresas da região estão empenhadas num esforço para responder à encomenda de nove milhões de máscaras feita pela região francesa de Augergne-Rhône-Alpes. Com o fim do confinamento, a 11 de maio, a máscara passa a ser obrigatória nos transportes públicos em França.

Nome do jornalista • Ricardo Figueira

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