Pandemia faz moinhos voltar ao trabalho

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De  Ricardo Figueira
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Cada vez mais, os consumidores viram-se para soluções artesanais, pequeno comércio e produtores locais. Fazer pão em casa é a nova moda.

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Com a epidemia do coronavírus e o costume que se popularizou de fazer pão em casa, os moinhos, que ainda fazem farinha de forma tradicional, não param de trabalhar.

James Tallon tem um moinho na Irlanda, a poucos quilómetros de Dublin, e está contente com este aumento de trabalho: "É como no tempo da guerra, quando o moinho trabalhava 24 horas por dia para fornecer o mercado. Estamos fazer o mesmo, mas num contexto diferente, o da Covid-19", conta.

É como no tempo da guerra, quando o moinho trabalhava 24 horas por dia.
James Tallon
Proprietário de moinho

A tendência verifica-se também em países como França, na região de Dordogne, onde fica o moinho de Elie. Aqui, a produção foi multiplicada por várias dezenas. As pás, que estavam quase paradas, trabalham agora a todo o gás.

"Costumávamos produzir 10 quilos por semana, para os agricultores que fazem a sua própria farinha, mas com isso não conseguíamos perceber se o moinho funcionava ou não. E funciona. Agora fazemos 200 quilos de trigo, que dão 140 a 150 quilos de farinha por dia", diz Marie-Rose Coustaty-Ampoulange, filha da dona do moinho.

A epidemia e o medo do grande comércio e das aglomerações estão a fazer muitos virar-se para o pequeno comércio e para a produção local. Os produtores agradecem.

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