Desemprego dispara na Alemanha e Espanha

Desemprego dispara na Alemanha e Espanha
Direitos de autor Frank Augstein/AP
De  Ricardo Borges de CarvalhoTeresa Bizarro Almeida
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Os dois países já fizeram as contas de abril. Juntos têm quase 6 milhões de desempregados

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Antes do mês fechar oficialmente, o executivo alemão já fez soar os alarmes: há mais 373 mil desempregados desde o início da pandemia. A taxa de desemprego na Alemanha subiu 13,2 por cento face ao mês anterior - o valor mais alto desde 1991.

Contas feitas, o país tem agora 2 milhões e 600 mil desempregados. Menos ainda assim do que os registados em Espanha, que tem agora mais de 3 milhões e 300 mil desempregados - já a contar com 120 mil que perderam o emprego este mês.

Os especialistas sublinham que o cenário europeu podia ser ainda mais negro, não fossem as medidas de apoio ao emprego adotadas pela maior parte dos governos. Medidas como as que foram aplicadas em Portugal, em que o Estado assume parte do vencimento de um trabalhador em layoff desde que as empresas garantam o posto de trabalho.

Para Guntram Wolff, economista e responsável pela equipa de analistas da Bruegel, quanto mais se prolongar este ciclo, maior o risco de declínio e de falta de oferta no mercado de trabalho - esse, diz, "é o grande perigo".

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Taxa de desemprego em março - evolução face a fevereiroeuronews

O Eurostat divulgou esta quinta-feira os números do desemprego na União Europeia relativos a março. Números que não refletem ainda a hecatombe desde que se instalou a pandemia e foi decretado o confinamento.

A Zona Euro e os 27 registam apenas um ligeiro aumento da taxa de desemprego face a fevereiro.

Números que já representam 14,1 milhões de desempregados.

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