Hotelaria e restauração "tremem" com impacto real da Covid-19

Hotelaria e restauração "tremem" com impacto real da Covid-19
Direitos de autor Pavel Golovkin/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
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De  Euronews
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Tendência é transversal a vários países europeus e deixam antever um futuro próximo negro, marcado por despedimentos e encerramentos de pequenas e médias empresas (PME'S).

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Na Grécia, tal como no resto da Europa, empregados e proprietários de pequenos negócios no setor da restauração e da hotelaria alertam, em uníssono, para os efeitos devastadores de longo prazo provocados pelo surto do novo coronavírus.

Lembram que mesmo com o apoio dos governos, o período pós-confinamento vai ditar muitas sentenças de morte, de postos de trabalho em pequenas e médias empresas (PME'S).

"Seguramente haverá menos turnos porque não há trabalho para sete pessoas com meio espaço a funcionar ou com metade das mesas do café. Penso que partilharemos os turnos e que faremos todos uma parte para que possamos aguentar, o café e nós", sublinha George Sakkas, empregado de mesa de um café na Grécia.

Também França, a crise entra em incontáveis estabelecimentos sem pedir licença.

No restaurante "La Cantine du Troquet", em Paris, o proprietário também é chefe de cozinha. Por aqui, os funcionários terão de ser capazes de realizar múltiplas tarefas em nome da sobrevivência do posto de trabalho, no futuro próximo, até porque agora é tempo de regressar ao normal mas com o cinto apertado.

"Estou pronto para implementar todas as medidas necessárias quando os restaurantes puderem reabrir. Porque quero trabalhar, quero que a vida regresse ao normal. Farei todos os possíveis para trazer a vida de novo para o meu restaurante. Estou certo de que teremos uma quebra de 40% a 50%. Teremos de reduzir o número de empregados", lamenta Christian Etchebest, proprietário do restaurante "La Cantine du Troquet."

Mais a sul, em Barcelona, também será preciso fazer mais com menos, e nem assim está garantida a sobrevivência. De acordo com o diretor da Associação de Restaurantes de Barcelona, Roger Pallarols, é expectável que o cenário de despedimentos e encerramentos no setor continue a agravar-se.

"Se as coisas forem feitas de forma correta por parte dos governantes para proteger o tecido económico da hotelaria podemos antever um encerramento de 25% dos bares e restaurantes em Barcelona nos próximos 12 meses, pelo menos até o turismo recuperar, o que não é de acontecer por completo até à Semana Santa de 2021, no melhor dos cenários", refere Roger Pallarols.

Os profissionais do setor esperam bons ventos vindos de Bruxelas. Enquanto isso, as estatísticas revelam números negros. Em Espanha, número oficiais apontam que a taxa de desemprego aumentou para 14,4% no primeiro trimestre de 2020, face aos 13,8% do último trimestre de 2019.

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