Ciclone Amphan desaloja 3 milhões na Índia e no Bangladesh

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De  Teresa Bizarro com AP, LUSA
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O impacto do ciclone pode comprometer o combate à pandemida de Covid-19

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A natureza não conhece o termo confinamento. O super-ciclone Amphan atravessou as costas de Bengala, na Índia, e do Bangladesh.

Três milhões de pessoas tiveram de fugir. Há notícia de mais de uma dezena de mortos.

De acordo com o Departamento de Meteorologia da Índia, o vento chegou a soprar em rajadas de 190 quilómetros por hora.

Ainda não foram feitas contas aos danos provocados, mas já se diz que o impacto do ciclone pode agravar a progressão da Covid-19.

Índia e Bangladesh continuam a tentar conter a doença com apertadas regras de confinamento.

Azmat Ulla lidera a Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho no Bangladesh. Conta que "as autoridades estão a disponibilizar edifícios públicos, como escolas, para abrigar os desalojados"; uma tentativa de "preservar o distanciamento social" numa altura em que os gestos de proximidade podem salvar vidas e "é preciso definir rapidamente as prioridades o melhor que se pode".

As autoridades garantem que as equipas de resgate estão a procurar minimizar o impacto da pandemia com distribuição maciça de máscaras e desinfetantes para mãos.

Chuvas torrenciais e ventos fortes semeiam destruição também em Calcutá, arrancando árvores, causando inundações e interrompendo as telecomunicações. Grande parte da capital de Bengala Ocidental está mesmo sem eletricidade.

Teme-se que o rasto de destruição tenha também passado pelos campos de refugiados Rohingya no sudoeste do Bangladesh onde foi já detectado um foco da doença.

O Amphan é o ciclone mais poderoso a formar-se no golfo de Bengala desde 1999, ano em que morreram 10 mil pessoas nno estado de Odisha.

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