O destino dos mais desafortunados durante a pandemia

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A Covid-19 empurrou os mais desfavorecidos para uma situação ainda mais difícil com a fome e a falta de rendimentos.

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Um trabalho sem tréguas para os voluntários. Todas as noites distribuem refeições aos sem-abrigo na periferia da cidade francesa de Lyon. Em plena crise da Covid-19, os pacotes alimentares substituíram as refeições habitualmente servidas à mesa. E a quantidade de alimentação distribuída, quase que duplicou.

"Temos muitas pessoas novas, especialmente porque as outras associações encerraram. Há cada vez mais pessoas a pedir... para quatro, quer dizer mais pacotes alimentares. Ou seja, sentimos que existe uma verdadeira necessidade de comida", diz Guillaume Daumalin, Cofundador dos Camiões do coração.

Durante o confinamento, muitos perderam os empregos precários.

"Estou a perder 120 euros por semana. Porque trabalho nos mercados e eles estão proibidos. Faço uns extras nos bares e os bares estão encerrados! Então... como vou fazer?", questiona um homem na fila para receber a sua parte.

A pandemia fez cair nos limbos da exclusão os mais desfavorecidos. Uma família "roma" vive há anos em carros no centro da cidade. "É muito duro para ele porque é idoso, está doente", explica um homem, apontando para um idoso deitado numa viatura.

Vivem de mendicidade, impossível durante o confinamento. Mas não têm mais opções, dizem.

"Não há outra solução. Mas eu posso morrer a tentar encontrar comida para as crianças. É difícil o coronavirus!", explica uma mulher de etnia cigana.

O dia termina debaixo de uma ponte, à entrada a cidade. Muitos estrangeiros instalaram-se aqui em tendas.

"Tentamos encontrar trabalho, mas o vírus chegou e agora é fim para nós todos", diz um homem.

Outro diz "não podemos trabalhar, não podemos viver. As pessoas evitam-nos por causa do vírus."

"Eu só quero regressar à Roménia", diz outro.

A repórter da Euronews, Valerie Guriat, diz que para estas pessoas"reencontrar a miséria no seu próprio país para escapar à rua em França, é uma última esperança que a pobreza, duplicada pelo coronavirus, pode comprometer durante bastante tempo".

Para saber mais, veja a nossa reportagem completa esta semana em Unreported Europe.

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