Racistas e esclavagistas sem pedestal público

Racistas e esclavagistas sem pedestal público
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De  Teresa Bizarro
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Cresce o movimento para a retirada de representações ou estátuas de personalidades históricas criminosas. Voltaram a Oxford as manifestações pela remoção da estátua de Cecil Rhodes e em Antuérpia foi transferida para um museu a imagem de Leopoldo II

Matt Dunham/Associated Press
Manifestação em Oxford, Reino UnidoMatt Dunham/Associated Press
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Rever os símbolos com pedestal público - é o mote para uma série de manifestações que esta terça-feira tiveram expressão maior em Antuérpia e em Oxford.

No berço da mais antiga universidade britânica, exige-se que a estátua de Cecil Rhodes seja retirada. É-lhe atribuído o maior genocídio de negros africanos. Acreditava na superioridade da raça branca e fez fortuna em cima disso, com a exploração de diamantes em África, à custa de mão de obra negra e escrava.

À luz da história, ganha outro sentido a frase que lhe é atríbuída: "Tanto por fazer; tão pouco tempo".

Sem mais tempo a perder, em Antuérpia, na Bélgica, foi deposta uma estátua de Leopoldo II. A representação do rei belga que a história lembra como responsável pela morte de mais de um milhão de negros já estava manchada de encarnado. Vai agora ser depositada num museu.

Destino diferente teve pelo menos para já, a estátua de Edward Colston, em Bristol.

O barro dos pés de Colston cedeu quando se percebeu que a fortuna do filantropo tinha vindo do comércio de escravos. A imagem do negreiro foi atirada ao rio, no porto de Bristol, este domingo.

Um episódio que levou o presidente da câmara de Londres a anunciar que já formou uma comissão para rever os símbolos em espaço público - estátuas, painéis e até a toponímia. Já esta terça-feira mandou retirar a estátua de Robert Miligan, um outro traficante de escravos.

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