Derrube de estátuas públicas contra o racismo divide opiniões

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Protestos multipicam-se em todo o mundo, desde a morte de George Floyd, em Minneapolis, nos EUA

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Os protestos anti-racismo multiplicam-se em todo o mundo. Os ativistas têm vindo a organizar marchas de protesto desde a morte de George Floyd, em Minneapolis e a derrubar estátuas de traficantes de escravos e de figuras da era colonial, que agora são consideradas ofensivas à causa.

Em Bristol, os manifestantes derrubaram a estátua de Edward Colston, um comerciante de escravos do século XVII.

É provavelmente a primeira vez na história da escravidão, que a comunidade branca, o sistema branco, por assim dizer, é extremamente cooperativo. Nunca houve esta cooperação em torno do racismo para o erradicar. Na minha opinião, a próxima coisa que deve ser derrubada é o racismo.
GEOFF PALMER
Historiador - Universidade de Edimburgo

No entanto, o debate divide opiniões. Há quem defenda que derrubar monumentos históricos é apagar a história."Acho que nunca é bom destruir o passado. Penso que há algo bastante peculiar em exigir a destruição ou a remoção de estátuas de pessoas que morreram há mais de um século. Parece-me um estranho desvio de coisas mais importantes", disse o jornalista Peter Hitchens. As pessoas que se juntam a estes movimentos de protesto têm origens muito diferentes, mas partilham a mesma causa e prometem continuar a luta que pede o fim do racismo.

Acho que é preciso ter muito cuidado com estas questões, porque todo o império - todo o Reino Unido - como as universidades, cidades, indústria - foi completamente construído com materiais, recursos e riquezas retirados de outras zonas do mundo.
Peter Frankopan
Historiador Universidade de Oxford

A estátua de rei Leopoldo II também foi vandalizada na Bélgica. Os movimentos defendem que a morte do cidadão afro-americano nos Estados Unidos ilustra a violência policial que existe e pretendem acabar com as injustiças raciais que as minorias enfrentam também na Europa.

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