De volta à ópera na Alemanha

De volta à ópera na Alemanha
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De  Pedro SacaduraJona Källgren
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Em tempo de pandemia, Ópera alemã de Berlim apresenta espetáculo num parque de estacionamento.

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O surto, imprevisível, do novo coronavírus teve impacto em múltiplos setores como a cultura, um dos mais afetados, com o cancelamento de concertos e de espetáculos ao vivo.

Na Alemanha, a Ópera de Berlim, estudou alternativas e está de volta com um novo formato. Para respeitar as normas de segurança, o "Ouro de Reno", de Richard Wagner, apresenta-se, a partir desta sexta-feira, no parque de estacionamento, ao ar livre.

"No início, foi uma solução de emergência. Mas em situações de emergência tornamo-nos criativos. E depois, no final, consideramos que as coisas encaixam na perfeição, exatamente da maneira em que se encontram", explicou Dietmar Schwarz, diretor da Ópera alemã de Berlim.

A primeira parte das quatro óperas que integram a tetralogia "O Anel do Nibelungo", foi condensada num espetáculo de 90 minutos.

Nesta versão alternativa, estão em palco apenas 22 músicos, em nome do respeito pelas normas de distanciamento social. Um desafio artístico para o diretor de palco, Neil Barry Moss: "Temos um espaço fantástico. Com uma história maravilhosa. O que nos dá a oportunidade de fazer uma versão diferente de todas as que já se fizeram. O que é que se deve dizer da peça atendendo a que é tão famosa? Para mim, foi óbvio."

Esta é a segunda vez que uma ópera se apresenta numa área de estacionamento. A última foi em 2014, mas a acústica continua a surpreender, como lembrou o diretor da Ópera alemã de Berlim: "Esquecemo-nos disso, mas a acústica é muito boa neste espaço. Sem qualquer tipo de amplificação. Não é, seguramente, a ideal, mas é bastante boa."

No final do verão, é possível que espetáculos e concertos em salas próprias para o efeito sejam autorizados na Alemanha. Neste momento, esta é a única ópera apresentada de frente para a plateia no país.

"Penso que é essencial. A cultura é algo que damos por adquirido, mas não podemos funcionar sem ela. Penso que participar na cultura é um direito humano fundamental", recordou o diretor de palco Neil Barry Moss.

Os 800 bilhetes disponíveis para as cinco atuações esgotaram em 12 minutos.

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