Desempregados da Covid-19 alistam-se no Exército húngaro

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O Exército aligeirou os processos de recrutamento e oferece 350 euros durante a recruta. Há depois a perspetiva de uma carreira ligada a uma especialização profissional. O primeiro-ministro, Viktor Orbán, tenta assim limitar as consequências da Covid-19 no mercado de trabalho.

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És jovem e o coronavírus atirou-te para o desemprego, então alista-te no Exército. Este poderia ser o lema de propaganda de recrutamento militar na Hungria. Muitas pessoas afetadas pela falta de trabalho estão a aderir a um esquema de recrutamento rápido do Exército.

"Desde a pandemia, o número candidatos aumentou 100 por cento, tal como o pedido de informações, e nós estamos, obviamente, contentes. Avançámos com uma série de medidas para conseguirmos lidar com os números elevados. Flexibilizamos os procedimentos de admissão, o que não significa que as condições de entrada estejam facilitadas, mas sim acelerámos o processo", diz Tamás Durgo, major do Exército.

"Não conseguia encontrar um trabalho fixo em lado nenhum. Trabalhei em muitos locais, aqui e ali, semana a semana, mês a mês. Por isso candidatei-me aqui para encontrar um trabalho estável, esse foi o meu objetivo", confessa o recruta Tibor Tőkei.

Os recrutas ganham cerca de 350 euros por mês durante meio ano. Quem tiver qualificações e houver vaga pode ser numa carreira ligada a uma especialização profissional.

Com um recuo na economia de 5,3% do PIB previsto para este ano, o governo de Viktor Orbán tenta limitar os estragos no mercado de trabalho e aproveita para reforçar uma instituição importante para o seu projeto político conservador.

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