Justiça brasileira obriga Jair Bolsonaro a usar máscara

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Direitos de autor Andre Borges/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
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De  Luis GuitaRicardo Figueira com Lusa
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A decisão da Justiça Federal dá razão a uma ação civil pública e obriga o Presidente do Brasil a usar máscara em todos os espaços públicos do Distrito Federal.

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O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, vai ser obrigado a usar máscara em espaços públicos do Distrito Federal.

A decisão, da Justiça Federal, proferida pelo magistrado Renato Borelli, de Brasília, dá razão a uma ação civil pública.

Desde março, o uso de máscaras faciais em locais públicos da capital brasileira, Brasília, e demais cidades do Distrito Federal é obrigatório, conforme decreto das autoridades locais.

Bolsonaro costuma andar por Brasília sem máscara, violando claramente essas regras, além de participar em atos e manifestações nas quais outros regulamentos adotados durante a pandemia, como distanciamento social e o isolamento social, têm sido infringidos.

"A conduta do Presidente da República, que se recusou a usar a máscara em atos públicos e locais no Distrito Federal mostra uma clara intenção de quebrar as regras", diz Borelli, na sua decisão.

Segundo o juiz, o incumprimento da medida implicará numa coima diária de 2 mil reais (343 euros).

Há dez dias, essa coima foi aplicada ao agora ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, que participou em manifestações nas quais os apoiantes do Governo brasileiro exigiam o fecho do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso através de uma "intervenção militar" com Bolsonaro na Presidência.

Weintraub, uma das vozes mais extremas do Governo brasileiro, renunciou na última quinta-feira depois de várias semanas de pressão de setores mais moderados que exigiram a sua saída.

O ex-ministro da Educação foi indicado para uma posição no Banco Mundial e, um dia após sua renúncia, viajou para os Estados Unidos.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados e de mortos (mais de 1,1 milhões de casos e 51.271 óbitos), depois dos Estados Unidos.

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