Bolsonaro nomeia professor Carlos Decotelli da Silva para ministro da Educação

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De  Euronews com Lusa
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O anúncio foi feito pelo próprio chefe de Estado na rede social Facebook, onde partilhou uma foto sua ao lado do novo responsável pela pasta da Educação.

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O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, nomeou esta quinta-feira o professor Carlos Alberto Decotelli da Silva para ministro da Educação do país, sucedendo no cargo a Abraham Weintraub, que saiu do Governo na semana passada.

O anúncio foi feito pelo próprio chefe de Estado na rede social Facebook, onde partilhou uma foto sua ao lado do novo responsável pela pasta da Educação.

- Informo a nomeação do Professor Carlos Alberto Decotelli da Silva para o cargo de Ministro da Educação. - Decotelli é...

Publiée par Jair Messias Bolsonaro sur Jeudi 25 juin 2020

"Informo a nomeação do Professor Carlos Alberto Decotelli da Silva para o cargo de Ministro da Educação. Decotelli é bacaharel em Ciências Económicas pela UERJ [Universidade do Estado do Rio de Janeiro], mestre pela FGV [Fundação Getúlio Vargas], doutor pela Universidade de Rosário, Argentina e Pós-Doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha", escreveu o mandatário.

Posteriormente, a nomeação foi publicada em Diário Oficial da União (DOU).

Oficial da reserva da Marinha, Decotelli da Silva é o primeiro ministro negro do Governo de Bolsonaro e o mais recente militar a integrar o atual executivo do Brasil.

É também especialista em Finanças, dando aulas nessa área na Fundação Getúlio Vargas (FGV), e presidiu o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão tutelado pelo Ministério da Educação, entre fevereiro e agosto do ano passado.

Em entrevista ao jornal O Globo, após a sua nomeação, o professor afirmou que pretende que a sua gestão seja marcada pelo diálogo, de cariz técnico e sem espaço para polémicas relacionadas com ideologias.

"O que o Ministério da Educação mais precisa agora é executar as políticas públicas na educação, colocar em prática o que é previsto, arregaçar as mangas. Eu sou professor, trabalhei como presidente do FNDE e a minha prática é entregar para a sociedade da melhor maneira possível as políticas de educação", disse o novo governante.

"Eu sou professor da FGV há muito tempo e a minha questão é o trabalho. Eu não tenho nem preparação para fazer discussão ideológica. Vou conversar, dialogar. Minha visão é transformar o ambiente da política educacional em ambiente de sala de aula, e na sala de aula conversamos. A minha função é técnica", acrescentou Decotelli da Silva.

Decotelli substitui assim Abraham Weintraub, que se demitiu do cargo ministerial na última quinta-feira, após várias polémicas que marcaram a sua gestão.

Ao longo do tempo em que integrou o Governo de Jair Bolsonaro, Weintraub acumulou desavenças com reitores de universidades, estudantes e parlamentares, após ter decretado duros cortes na Educação, assim como causou problemas diplomáticos com a China e Israel.

Mais recentemente, entrou em conflito com juízes do Supremo Tribunal federal (TSF), ao defender a prisão dos magistrados, sendo alvo de dois inquéritos que tramitam naquela que é a mais alta instância do poder judicial brasileiro.

Weintraub deve agora assumir uma cargo na representação brasileira na direção do Banco Mundial, com sede em Washington, nos Estados Unidos da América.

Decotelli é o terceiro ministro da Educação do Governo de Bolsonaro, depois de Weintraub e de Ricardo Vélez.

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