Segmento publicitário

 Department of Tourism and Commerce Marketing Dubai
"Conteúdo Patrocinado" é utilizado para descrever um conteúdo pago e controlado pelo parceiro financeiro e não pela equipa editorial da Euronews. Este conteúdo é produzido pelos departamentos comerciais e não envolve a equipa editorial ou os jornalistas da Euronews. O parceiro financeiro tem o controlo dos tópicos, do conteúdo e da aprovação final em colaboração com o departamento de produção comercial da Euronews.
Segmento publicitário
"Conteúdo Patrocinado" é utilizado para descrever um conteúdo pago e controlado pelo parceiro financeiro e não pela equipa editorial da Euronews. Este conteúdo é produzido pelos departamentos comerciais e não envolve a equipa editorial ou os jornalistas da Euronews. O parceiro financeiro tem o controlo dos tópicos, do conteúdo e da aprovação final em colaboração com o departamento de produção comercial da Euronews.
Department of Tourism and Commerce Marketing Dubai

"Esta é uma oportunidade para fazer a diferença"

"Esta é uma oportunidade para fazer a diferença"
Direitos de autor  euronews   -   Credit: Dubai Tourism

Enquanto o mundo reabre lentamente após a Covid-19, exploramos as relações entre a União Europeia (UE) e os Emirados Árabes Unidos (EAU). Uma conversa com Andrea Matteo Fontana, embaixador da UE em Abu Dhabi sobre as estratégias pós-pandemia para fazer recuperar a economia global.

Euronews: Explique-nos qual é o seu papel aqui nos Emirados Árabes Unidos?

PUBLICIDADE

Andrea Matteo Fontana: Abrimos a delegação da União Europeia aqui em 2013 porque queríamos fortalecer a cooperação com este país. Portanto, o meu papel aqui é o de intensificar as relações bilaterais com os Emirados Árabes Unidos, mas também explicar às pessoas daqui o que é a União Europeia.

P: Como descreve as relações entre a UE e os EAU?

R: Agora são boas. Acho que estão a crescer. Penso que têm potencial e são estratégicas e penso que o nosso interesse aqui é trabalhar em várias vertentes – isso é importante. Somos um dos principais blocos comerciais para os Emirados Árabes Unidos. No ano passado, as trocas comerciais representaram cerca de 50 mil milhões de euros, o que nos coloca no top três. Para nós, o investimento é importante. Existem muitos investidores europeus aqui, mas também se trata da forma como olhamos para o futuro e como podemos trocar conhecimento e experiência com este país. Falo de diversificação económica. Penso que esta é uma questão muito importante para os Emirados Árabes Unidos que vêm de uma economia baseada no petróleo e querem diversificar.

P: Falou das principais estratégias, em particular, no comércio e na economia. Sabe-se que é difícil avançar no ambiente atual porque esta é uma pandemia global que nos afeta a todos. Quais são os desafios particulares deste tempo, especialmente nestas áreas?

R: Penso que, e em poucas palavras, a crise mostrou que a globalização é importante. Mas quando uma crise como esta ocorre as consequências para a economia, para os abastecimentos - garantindo que as coisas estão no momento certo, no lugar certo - são muito, muito grandes e difíceis de resolver a curto prazo. Penso que precisamos de proteção, mas não de protecionismo. Não queremos isolamento. Queremos uma colaboração global contínua.

PUBLICIDADE
O principal desafio é fazer voltar os residentes. Mas acho que com a reabertura gradual do país e com os protocolos que os EAU estabeleceram com os aeroportos, nas próximas semanas, vamos resolver esse problema
Andrea Matteo Fontana
Embaixador da UE nos EAU

P: Há muitos expatriados europeus a viver aqui. Quão importante é saber que existe aqui uma presença e com um trabalho contínuo nos bastidores, especialmente agora?

R: O mês de abril foi incrivelmente intenso para todos nós, especialmente para os colegas das embaixadas que tiveram de tentar encontrar voos de regresso para os vários países da Europa. Isso foi parte de um grande esforço que a União Europeia desenvolveu com os estados membros em todo o mundo, garantindo que mais de meio milhão de turistas pudessem voltar para a sua casa na Europa. Depois disso, o principal desafio é fazer voltar os residentes. Mas acho que com a reabertura gradual do país e com os protocolos que os EAU estabeleceram com os aeroportos, nas próximas semanas, vamos resolver esse problema. Uma coisa que tem tido muito sucesso neste país é o elevado número de testes que as autoridades disponibilizam para todas as pessoas que moram aqui. Creio que esse foi um dos fatores determinantes que levaram o país a reabrir e Dubai a retomar o acolhimento de turistas.

P: Para sair da crise, qual é o papel da UE na Europa e que contribuição podem dar os EAU?

R: Para a Europa, penso que o desafio será sairmos unidos. Eliminámos gradualmente as restrições de movimentos impostas no início por razões de segurança. Agora voltámos a abrir portas - já se pode viajar livremente dentro da União. E também olhámos para fora, dando importância à solidariedade para com os países que têm menos do que a Europa.

Esta é uma oportunidade para os governos, no quadro de organizações internacionais como a União Europeia mostrarem que a nossa resposta pode fazer a diferença
Andrea Matteo Fontana
Embaixador da UE nos EAU

P: Globalmente a economia sofreu alguns rombos com a pandemia. Que estratégias pós-pandemia devem ser adotadas para garantir que ultrapassamos este período?

R: Será um desafio para todos. A economia sofreu bastante por causa da crise - sejamos honestos sobre isso - e esta é a crise mais grave que a União Europeia já teve em toda a sua história. O produto interno bruto de alguns dos estados membros e muitos países do mundo vai baixar entre cinco e 10% este ano. Isto não acontecia desde a época da Grande Depressão, no início do século passado, e isso significa que os desafios são enormes. Muitas pessoas estão a perder os empregos. Muitas empresas estão a fechar. Esta é uma oportunidade para os governos, no quadro de organizações internacionais como a União Europeia mostrarem que a nossa resposta pode fazer a diferença. Ao nível europeu, propusemos um programa que será financiado com 750 mil milhões de euros. É uma quantia muito importante de dinheiro disponível. Esta proposta, que ainda precisa da aprovação de todos os Estados membros, é algo que olha para a economia do futuro.

P: Mas quanto controle deve ser deixado aos governos locais em toda a Europa, em particular, para se reerguerem e progredirem novamente?

R: Os Estados-membros continuam responsáveis pelas suas escolhas económicas. Quero dizer, a União Europeia está lá para os apoiar, não para os obrigar. Mas acho que o mais importante é tentar ter uma resposta comum a um problema comum. Juntos, acho que podemos atravessar a crise. No entanto não há uma receita para todos, porque as economias são diferentes, a demografia é diferente. Temos de deixar alguma margem de manobra na adoção de soluções para os desafios locais.

P: Aqui, nos Emirados Árabes Unidos, temos a Expo 2020, no próximo ano, no Dubai. Por que é importante garantir que seja um sucesso e que contribua para a economia local?

R: Serei o comissário-geral europeu durante a Expo, e acho que a importância do evento está a mudar. Acredito que é difícil prever o que acontecerá até o próximo ano, mas penso que a Expo 2020 será um dos primeiros eventos globais, depois da pandemia terminar ou diminuir substancialmente, graças aos esforços para uma vacina. Portanto, será um dos primeiros eventos em que podemos trocar experiências e aprender uns com os outros. Acho que o lema ainda é muito apropriado: "Ligando mentes; criando o futuro". Vamos ver como, juntos, podemos criar um futuro mais sustentável, onde haja mais solidariedade.

PUBLICIDADE