Congressista norte-americano faleceu aos 80 anos, de cancro. Lewis foi o mais jovem e o último sobrevivente dos "Seis Grandes" ativistas dos direitos civis, um grupo liderado por Martin Luther King Jr.
Morreu o congressista John Lewis, líder histórico dos Direitos Civis nos Estados Unidos.
Lewis liderou a marcha de cerca de seiscentas pessoas que a 7 de março de 1965 atravessou a Ponte Edmund Pettus, em Selma, no Alabama. Uma manifestação pelo direito de voto dos negros, interrompida por uma violenta ação policial que acabou no que viria a ficar conhecido como Domingo Sangrento.
Foi também um dos promotores da Marcha de 1963, em Washington, pelo Trabalho e Liberdade, onde Martin Luther King Jr. proferiu o histórico discurso "Eu tenho um sonho".
Ações que levaram o ex-Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama a condecorá-lo com a Medalha da Liberdade em 2010, o reconhecimento mais alto do país a um civil.
Obama já lamentou a morte de John Lewis, tal como Bernice King, filha de Martin Luther King Jr. que lembrou que Lewis deu "contribuições tremendas na sua vida, mais do que a maioria de nós alguma vez fará e que foi sacrificado de formas que poucos de nós alguma vez será".
Eleito para a Câmara dos Representantes, pelo Partido Democrata, em 1986, John Lewis esteve desde então no Congresso norte-americano.
No debate sobre a eventual destituição do Presidente Donald Trump, em dezembro do ano passado, lembrava que "se vemos alguma coisa que está errada, que é injusta, temos o dever moral de dizer e fazer alguma coisa."
John Lewis faleceu esta sexta-feira, aos 80 anos, vítima de cancro no pâncreas.