O escritor catalão têm vários livros traduzidos e editados em Portugal como "O Feitiço de Xangai" ou "O Amante Bilingue". Sofria algum tempo de uma insuficiência renal
Morreu Juan Marsé, uma das figuras chave da literatura de Espanha e, de acordo com o jornal El País, aquele que melhor descreveu ao mundo a Barcelona do pós-guerra.
Com vários livros traduzidos em português, como "O Feitiço de Xangai", "O Amante Bilingue", a "Caligrafia dos Sonhos" ou "Essa Puta Tão Distinta", Marsé morreu sábado à noite num hospital de Barcelona, revelou já este domingo de manhã a agência Balcells.
Juan Marsé venceu vários prémios literários. O primeiro, em 1959, o "Sésamos de Cuentos". Esteve várias vezes apontado como um dos favoritos ao Cervantes, mas apenas viria a ter ao peito o mais alto galardão da literatura espanhola em abril de 2009 depois de ter colecionado outras 15 distinções e não só em Espanha
Recebeu o Cervantes 2008 das mãos do então rei João Carlos e dois anos depois viria a ganhar também o Prémio Internacional da Fundação Cristóbal Gabarrón de Letras.
Teve vários livros adaptados ao cinema e chegou, ele mesmo, a ser representado no grande ecrã, no filme "O Cônsul de Sodoma" (2010), de Sigfried Monleón, sobre a vida do poeta Jaime Gil de Biedma
De acordo com a imprensa espanhola, Juan Marsé, que nasceu Juan Faneca Roca, em Barcelona, a 08 de janeiro de 1933, não terá resistido a complicações de uma insuficiência renal de que sofria há algum tempo. Tinha 87 anos