Na cidade sagrada da Arábia Saudita, cumprem-se os derradeiros dias do quinto pilar do Islão. No resto do mundo, já começou a Festa do Sacrifício
Meca é por estes dias o epicentro da religião muçulmana. Está a decorrer mais um Hajj, a tradicional peregrinação à cidade sagrada, o quinto pilar do mundo islâmico. Mas no resto do mundo, já começou o Eid ul-Adha, a Festa do Sacrifício.
Na Arábia Saudita, este ano, por causa da pandemia, a lotação da grande mesquita foi drasticamente reduzida a cerca de um milhar de fiéis.
Apenas residentes no reino, sem doenças crónicas e menores de 65 anos, podem participar no tradicional apedrejamento de Satanás, usando máscara e respeitando o distanciamento social obrigatório para conter a propagação do novo coronavírus.
Na Turquia, oitenta anos depois, a agora reconvertida mesquita Hagia Sophia voltou a encher-se de muçulmanos. Pelo menos, no perímetro do até há pouco museu.
Centenas de fiéis participaram nas orações do arranque do Eid ul-Adha, em Istambul.
"Era um sonho de criança. Ver sempre a Hagia Sophia fechada com cadeado e correntes era uma grande frustração para nós. Esta reabertura foi obviamente do nosso agrado", afirmou Murat Fidan, um muçulmano turco, satisfeito pela decisão do Presidente Recep Tayp Erdogan de restituir o espaço ao Islão.
Oriundo do Egito, mas a residir em Istambul, Ahmad disse estar a "viver um sonho" junto a Hagia Sophia. "Sente-se no coração. É muito, muito bom e hoje é... nem tenho palavras", disse.
Em Meca, o Hajj decorre este ano até à tarde de domingo, 2 de agosto. No resto do mundo islâmico, o Eid ul-Adha, que celebra a disposição de Abraão em sacrificar o filho pela vontade de Deus, prolonga-se até segunda-feira.