Esta quarta-feira ainda havia fumo no Porto de Beirute, que foi, ontem, palco de várias explosões, que devastaram a capital libanesa. Foram decretados três dias de luto nacional, numa altura em que se estima que haja pelo menos 100 mortos e milhares de feridos. Há ainda várias pessoas desaparecidas.
Esta quarta-feira ainda havia fumo no Porto de Beirute, que foi, ontem, palco de várias explosões, que devastaram a capital libanesa. Foram decretados três dias de luto nacional, numa altura em que se estima que haja pelo menos 100 mortos e milhares de feridos. Há ainda várias pessoas desaparecidas.
"Parece o Japão, Hiroshima ou Nagasaki. É o que me faz lembrar. Nunca tinham visto tamanha destruição. É uma catástrofe nacional. É um desastre para o Líbano. Não sabemos como é que vamos sair disto. Já antes mal conseguíamos sobreviver e agora este desastre. Temos de manter-nos fortes. Temos de manter-nos unidos. Temos de ser corajosos. Isto aconteceu a um povo...", disse o Governador de Beirute, Marwan Abboud, antes de irromper num choro.
Os hospitais não estão a conseguir dar resposta, até porque quatro das maiores unidades foram fortemente atingidas pelas explosões. Há médicos e enfermeiros entre as vítimas mortais.
Estima-se que 200 mil pessoas tenham ficado sem casa.
No porto de Beirute estavam armazenados 85% dos cereais do Líbano.
A tragédia acontece numa altura em que o país enfrenta uma crescente crise económica e divisões internas, além da Covid-19.