Iniciativa combate contaminação das águas do rio que atravessa vários países.
Pelas águas do Tisza circulam barcos de plástico recolhido no rio que nasce nos Cárpatos e passa pela Ucrânia, Roménia, Sérvia, Eslováquia e Hungria desaguando no Danúbio.
Todos os anos, marinheiros de água doce com consciência ambiental embarcam numa missão pelo rio para recolher o máximo plástico possível, construir um barco e remar com a corrente. Apesar da pandemia de Covid-19, 2020 não foi exceção.
"Os barcos feitos a partir de lixo formam o centro da equipa. Recebem a bordo o plástico que as várias equipas recolhem na floresta ou na água. Os sacos de plástico são recolhidos e recebem uma pontuação. Mantemos um olhar atento em relação ao que cada equipa recolhe. No final, a equipa vencedora conquista uma PET Cup, que é essencialmente uma taça do barco", sublinhou, em entrevista à Euronews, Attila Dávid Molnár, cofundador da iniciativa.
Os participantes não escondem o prazer de fazer parte de uma competição ao serviço de uma causa maior.
"Recolhemos até uma tonelada de de lixo do rio. Sentimo-nos bem e percebemos que este não é um trabalho fútil, porque as autoridades húngaras estão a filtrar a água na fronteira. Por isso, não haverá recontaminação das florestas. Dito de outra forma, a área que limpamos está completamente livre de plástico para que os remadores possam desfrutar", acrescentou Attila Molnár.
O lixo recolhido é entregue a profissionais da reciclagem. Famílias, amigos e até equipas de empresas competem na prova de remo de longa distância.
Zoltán Siposhegyi, Euronews - Os concorrentes saíram da primeira e única plataforma feita de plástico reciclado com barcos de lixo, tentando recolher o maior número de garrafas de plástico possível. Podemos dizer que esta é a regata mais amiga do ambiente na Europa.