Cresce a tensão política na Bulgária

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Há protestos nas ruas das cidades da Bulgária, todos os dias, contra o governo. Os manifestante exigem a demissão do executivo e eleições antecipadas

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A tensão cresce na Bulgária, após vários meses de protestos quotidianos, nas ruas, contra o governo.

Em resposta, esta quarta-feira os partidários do executivo realizaram um comício do GERB, o partido do primeiro-ministro, Boyko Borissov, que terminou em confrontos.

O chefe do governo tentou acalmar os ânimos dizendo-se pronto a demitir-se, em favor da unidade nacional: "Estou pronto para partir a qualquer momento. Não quero que haja qualquer tipo de tensão por minha causa. Defendemos a unidade da nação, custe o que custar, porque temos tempos difíceis pela frente, e não digo isto apenas para assustar as pessoas".

Mas as palavras do primeiro-ministro caíram em saco roto, pelo menos para os membros da segurança infiltrados, que perseguiram opositores e jornalistas.

"O primeiro-ministro Boiko Borissov diz que está pronto a demitir-se mas para os opositores isso não é suficiente. Exigem a demissão de todo o governo e eleições antecipadas. Até lá prometem continuar a bloquear as principais artérias de Sofia e do resto país", refere o repórter da Euronews, Damian Vodenitcharov.

"Há duas semanas, os organizadores anunciaram uma nova fase de desobediência civil. Assim, temos estado a bloquear as ruas em Sófia e temos estado a construir estes campos de base. O nosso objetivo é chamar a atenção para a s nossas exigências", explica um manifestante.

As exigências pouco têm mudado desde o início do protesto: a demissão do governo e do controverso procurador, Ivan Geshev.

Alguns manifestantes iniciaram mesmo greve de fome, como refere outra manifestante: "Há cinco pessoas em greve de fome e mais a quererem juntar-se. Tentámos convencer uma pessoa idosa a desistir porque não estava bem de saúde. Não vale a pena sacrificar a vida por alguém como o primeiro-ministro".

As próximas eleições na Bulgária estão previstas para a primavera de 2021, mas os búlgaros parecem não querer esperar até lá. A julgar pelas sondagens, nem o GERB - que governa -, nem os socialistas - principal partido da oposição - terão hipótese de ganhar o escrutínio.

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