Resultados preliminares das eleições presidenciais, que dão uma vitória esmagadora a Alexander Lukashenko, foram motivo para protestos que juntaram milhares de pessoas.
Na Bielorrússia, quando a noite caiu, os protestos contra o presidente Alexander Lukashenko transformaram-se em confrontos, por vezes violentos, entre manifestantes e polícia.
Milhares de pessoas saíram às ruas da capital Minsk e outras grandes cidades do país para protestar contra os resultados preliminares das eleições presidenciais, que dão uma vitória esmagadora a Lukashenko, que será assim reeleito para um sexto mandato.
A polícia usou balas de borracha, granadas atordoadoras, gás lacrimogéneo e canhões de água para dispersar as multidões. Dezenas de pessoas foram detidas ao longo da noite.
A forma autoritária com que Lukashenko tem gerido a Bielorrússia desde que tomou posse em 1994 já levou o país a ser apelidado de "última ditadura da Europa".
Nos últimos tempos, aumentou a pressão sobre o presidente, depois de vários colaboradores próximos da principal candidata da oposição, Svetlana Tikhanovskaya, terem sido detidos. Um deles viu-se obrigado a deixar o país. A campanha de Tikhanovskaya não apelou aos protestos de rua, mas anunciou que vai contestar os resultados através dos mecanismos legais possíveis.