A principal candidata da oposição às presidenciais na Bielorrússia refugia-se na Lituânia e assume fragilidades ressurgidas da tensão no país
Sviatlana Tsikhanouskaya, a principal candidata da oposição às presidenciais na Bielorrússia, refugiou-se na Lituânia enquanto o seu país está a ferro e fogo.
Os resultados oficiais do escrutínio deram a vitória a Alexander Lukashenko, com 80 por cento dos votos. Tsikhanouskaya recusa-se a aceitar a derrota, afirmando que tem dados que dizem o contrário, mas assume as suas fragilidades, que ressurgiram devido à escalada de tensão no país:
_"Pensei que esta campanha me tinha endurecido e dado força para aguentar tudo mas, provavelmente, continuo a ser uma mulher com fraquezas. _
Muitos vão entender-me, outros condenar-me, muitos vão odiar-me. Mas Deus não permita que ninguém tenha de fazer uma escolha como eu tive de fazer, enfrentar essa escolha, como eu enfrentei. Cuidem-se, por favor, as vidas humanas valem mais do que o que está a acontecer, agora", afirmou Tsikhanouskaya.
Nas ruas há quem defenda que se não partisse acabaria detida como o seu marido. Tsikhanouskaya, antiga professora de inglês, de 37 anos, sem experiência política anterior, assumiu o protagonismo após a detenção deste blogger que pretendia concorrer às presidenciais.
Um volte-face que fazê-la alcançar algo que não se via desde o colapso da União Soviética, levar dezenas de milhares de pessoas aos seus comícios enquanto unia grupos fragmentado da oposição.